TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

E o que vai no coração das baleias?

O agricultor que rega não precisa implorar que as plantas cresçam.
(não sei se isto se aplica também ao universo amoroso humano)
- Amar é ir dando à proporção que pedirem?
- Quem oferece amor não o tem para dar?
- Então aquele que o oferece é quem está mais necessitado?
- O que ama se orgulha das próprias proezas em função do amor, ou apenas das próprias proezas?
- Os fins não justificam os meios...em todos os casos?
- Se lhe roubassem o coração e saíssem correndo, você dava uma de maratonista? E se fosse sua televisão?
Quero falar de "coisas estranhas", o mundo lá fora já anda meio cheio de notícias. De política, futebol, assassinatos, santos e anjos guardiães de amigos, cidades encantadoras e relações estáveis...

Há os que se traduzem pelas letras.
Há os que atingem a essência sem elas.
Há os que amam...e não transcendem,
Os egos impedem a perfeição humana
Há os que temem as próprias imperfeições
Há os que se arriscam assim mesmo
Há os que morreram analfabetos
Há os que calam sendo cultos
Se quando o minuto é pouco,
A eternidade é vasta.

2 comentários:

Carlos Rafael Dias disse...

E o que passa no coração dos homens, que confundem rodelas de cenoura com moedas de ouro?...

Um abraço poeta!

Saudações uranianas...

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Marta em Ponte de Lima em Portugal, pela ponte Romana que atravessa um rio com paisagem da região do Mosela, existe um lugarejo. Chamado Feitosa. Quando a intenção foi encontrar o lugar natural fundador de teu nome, tudo era vizinho do perfeito. O restaurante no mercado da cidade, a vista da paisagem desde o alto em que ficava o restaurante e sarrabulho. Nisso veio uma carreata de fusquinhas, de todas as cores e no final uma Brasília vermelha tocando os "Mamonas Assassinos". Algo é assim o conteúdo de teu poema. Uma dimensão universal atrelando-se à busca da sobrevivência no relevo de um pequeno planeta. Um amor que trás o ímpeto da permanência, da eternidade que se exerce na erosão das enxurradas do cotidiano. Por isso é que poetas jamais deixarão o tema. Nada mais incontrolável do que uma dimensão sem limites que se aninha numa configuração social e política restrita.