O ciclo das águas é turbulento. Na sua fase gasosa oferece densidade à atmosfera, se tornando parte motora das tempestades, trombas d´água, tornados e furacões. Líquida, a água das enxurradas, arrastando encostas, árvores, inundando o arranjo humano no relevo do planeta. Da neve, nevascas e geleiras são conhecidas as enormes escalas do impacto. Na verdade o rosto da terra, igual nossos olhos enxergam e nomeiam é o desenho nas rochas, principalmente pela água, apesar dos ventos.
Os gregos foram sábios em sua época pelo seu politeísmo. A “mecânica” do mundo, diversificada e inesperada, foi compreendida por seus deuses e semideuses. Ao contrário desta chávena de um blended de chás, em que todos enxergam o politeísmo como o primitivismo dos elementos naturais, não foi isso entre os gregos. Com os gregos a divindade nem era a família, o pai ou mãe, na verdade eram conceitos sobre as coisas do mundo. Nunca é demais estudar as divindades gregas indo além da idéia folclorizada ofertada às crianças e à juventude.
Agora juntando gregos e as chuvas que inundam Santa Catarina. No centro de Santa Catarina como na polis grega se encontra o ser humano. Não como um solitário no centro da tormenta. Mas como uma pluralidade que entende desde muito a verdadeira natureza das águas. Então construir, reconstruir, salvar as pessoas não é uma questão isolada, é uma ação coletiva. É inaceitável que se faça este jogo liberal de deixar as pessoas ao azar da natureza e das perdas materiais. Não tem o menor sentido que cada um recomece do zero, até por que nestas circunstâncias o zero é incompatível com a própria vida.
Por isso é que muitas questões que se julgam filosóficas como o sofrimento da existência, a sobrevivência que endurece a compreensão da vida não são de fato filosóficas, mas apenas a forma como a sociedade e a economia funciona. Agora imaginemos aqueles que perderam tudo que os abriga, que viu sua casa soterrada, o fim do seu domicílio. Não tem o menor sentido serem vítimas do acaso, pois esta é uma sociedade que acumula riquezas e funciona sobre as regras da necessidade humana.
Então é uma necessidade da sociedade inteira o restabelecimento dos recursos materiais das pessoas e famílias ao seu ponto original, acrescentando novos conhecimentos para que não se exponham às certezas que temos sobre as águas.
Os gregos foram sábios em sua época pelo seu politeísmo. A “mecânica” do mundo, diversificada e inesperada, foi compreendida por seus deuses e semideuses. Ao contrário desta chávena de um blended de chás, em que todos enxergam o politeísmo como o primitivismo dos elementos naturais, não foi isso entre os gregos. Com os gregos a divindade nem era a família, o pai ou mãe, na verdade eram conceitos sobre as coisas do mundo. Nunca é demais estudar as divindades gregas indo além da idéia folclorizada ofertada às crianças e à juventude.
Agora juntando gregos e as chuvas que inundam Santa Catarina. No centro de Santa Catarina como na polis grega se encontra o ser humano. Não como um solitário no centro da tormenta. Mas como uma pluralidade que entende desde muito a verdadeira natureza das águas. Então construir, reconstruir, salvar as pessoas não é uma questão isolada, é uma ação coletiva. É inaceitável que se faça este jogo liberal de deixar as pessoas ao azar da natureza e das perdas materiais. Não tem o menor sentido que cada um recomece do zero, até por que nestas circunstâncias o zero é incompatível com a própria vida.
Por isso é que muitas questões que se julgam filosóficas como o sofrimento da existência, a sobrevivência que endurece a compreensão da vida não são de fato filosóficas, mas apenas a forma como a sociedade e a economia funciona. Agora imaginemos aqueles que perderam tudo que os abriga, que viu sua casa soterrada, o fim do seu domicílio. Não tem o menor sentido serem vítimas do acaso, pois esta é uma sociedade que acumula riquezas e funciona sobre as regras da necessidade humana.
Então é uma necessidade da sociedade inteira o restabelecimento dos recursos materiais das pessoas e famílias ao seu ponto original, acrescentando novos conhecimentos para que não se exponham às certezas que temos sobre as águas.
Um comentário:
E não é existencial apenas submete-se ao autossoterramento com estrume como fez Heráclito de Éfeso.
Excelente texto, abraços.
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