TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 11 de novembro de 2008

A desordem da paixão

O ciúme vive em mim
triscando meus cílios.
Trêmulos os olhos
questionam-se:
Lágrima ou cisco?
Devasso gavetas
e arquivos.
Busco bilhete
e fotografia.
Um coração mesquinho é triste.
Sou melancólico, querida.

4 comentários:

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Engano de poeta. Não existe mesquinhez num coração que vasculha os comportimentos em busca de um sinal por onde ordenar esta paixão. As pálpebras trêmulas são a prova que apesar do turbilhão os olhos se atentam.

socorro moreira disse...

Ciúmes ... é tão dolorido , que já paga a pena !
Escrever sobre ele , exercita a pena.

Eu, Thiago Assis disse...

Lágrima ou cisco, só não dá para enganar o coração.
Manter lembranças, fotos, bilhetes... maneira de manter guardada uma fonte para a dor.
Gostei do poema. =]

Thiago Assis
www.thiagogaru.blogspot.com

Marcos Vinícius Leonel disse...

Uma vez poeta, para sempre poeta, com ou sem ciúmes. Beleza de poesia, uma outra forma de ironia.
abraços