TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 1 de novembro de 2008

Hora Crepuscular

Mente esgotada,
alma fujona.
Sou útil apenas às sombras.

Esmola, uma esmolinha.
O poeta não tem mais couro cabeludo.
Tanto sol sobre uma mente volátil.

Não me engano,
A poesia salva.
Morbidez assumida
Diante de um mundo festivo.

Esmola, uma esmolinha.
O poeta não tem mais gás.
Tanto pavio molhado por dentro das narinas.

Não me alegro,
a poesia lasca.
Embriaguez tediosa
na língua dormente.

Um comentário:

socorro moreira disse...

Essa sensação é coletiva , poeta !
Dessa vez , você não morre de solidão .