TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Andar de cá para lá ...



Hoje eu tomaria um vinho
Sairia descalça na madrugada
Nem Flora , nem louca
Apenas irmã das estrelas
que ainda piscam ,
no trânsito do silêncio.


Hoje eu compraria o apito do guarda
Por que não toco violão ?
Por falta de destreza , me desafino
Cordas no pinho
- vocálicas ...
Intenção e desvio.


Hoje eu aportaria
no teu quintal ,jardim ,
sonho ,coração ...


Rasguei e amassei
versos antigos
Rasurei minha agenda
Iluminei endereços
Telefonei pro passado
Quem atendeu é presente!


Hoje não durmo
enquanto o sol não chegar
Como Amélia , coitada ...
espero o dia voltar.


Hoje meu sonho é tão lúcido
que a loucura de vivê-lo
conversa com o travesseiro.


Como Domingos Barroso ,
vou atrás das formigas
Transformá-las em musas
Preencher folhinhas
Soltá-las ao vento
com recadinhos
em notas musicais.

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