Meu deus,
quanta saudade
do perfume das axilas
da minha primeira namorada.
Perdia o fôlego
com as narinas neuróticas
agonizantes adentro.
Cheirava enlouquecido.
E não me importava onde:
praça, igreja, beco,
casa dos pais dela.
A alma delirante
da minha primeira namorada
pingava debaixo das suas axilas.
Meu deus,
quanto patchoully
e almíscar...
2 comentários:
Que cheiros bons esses de patchoully e àlmiscar!
O poeta continua imbatível em sua imagética, sem firulas,:
pois a alma verteu-se em pingos axilares, eis o anti-laudatório.
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