Quero, antes de tudo, dizer que quem me toca não sai impune... Deixo-lhe o perfume da rosa.
(Texto em azul de Claude Bloc)
No coração é o melhor solo
para se plantar uma roseira.
Os espinhos tentáculos
guardiães da beleza.
A rosa se despetala
Renovando o seu ciclo
As emoções se refazem
Onde já não há tristeza
Quando caem
furam os dedos
e um mundo triste
tristonha-se.
A tristeza se embaraça
A vida bombeia o sangue
Que escorre pelas veias
Libertos dos nossos medos
A alegria renasce
A francesinha não se acanha,
enxuga as lágrimas
com lápis de cera -
retoca a maquiagem
e feliz da vida
entra na carruagem.
O anseio de ser feliz
Norteia os pensamentos
Os sonhos ropiando
Girando nessa voragem
A vontade pretendida
De rever a tua imagem
No caminho
um aroma de sândalo
embriaga-lhe a alma
pétalas voam
sob seus cílios castanhos
todos os sonhos,
todos os sonhos.
O caminho é o norte
O rumo certo da vida
A paz, a nova ventura
As flores desse jardim
Os olhos vendo o futuro
O castanho desses cílios
São os sonhos que não tive
Os sonhos que inda vêm
No coração é o mais belo canto
para se guardar a felicidade.
Sempre que anoitece,
aduba-se o instante.
O canto sombrio da noite
Guarda sorrisos, quimeras
Guarda toda a saudade
Nem se sabe mais de que
Saudade que anoitece
Saudade por um instante
Saudade de qualquer jeito
Haja roseiras,
E sonhos
e tresloucadas quimeras.
3 comentários:
Com perfeição e sensibilidade
plantaste mais outra roseira.
Abraços.
Um dia o mundo me fará dual um dia de Domingos e uma semana inteira de Claude.
Domingos,
"simplesmente as rosas exalam o perfume que roubam" de alguém...
Ambos colhemos rosas, no mesmo jardim, num "dia de Domingos" (como fala José do Vale).
Abraço,
Claude
Postar um comentário