TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

A Eudócil

Não era meu
Nem emprestado
Não me ocorria
A cortesia
Depois da mesa
Ofereceu
Presente nu
Quadro sem moldura
Jóia sem embrulho
Não me constrangeu
Disse a que veio
E só,
Uma rainha
Mandava benzer
O seu banho
Obra de arte
Cobria de regalias
Amor se faz
Em boa companhia
Censuras à parte
Exorcizar o dia-a-dia

2 comentários:

Domingos Barroso disse...

Marta F., que ritmo gostoso. Palavras pé ante pé.
Abraços.

jflavio disse...

Há uma docilidade infinita em cada palavra.