TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 28 de dezembro de 2008

O retorno

Amanhã enfim o dia
da sagrada labuta:
suor e larvicida.
Mas ao ombro
não levarei escada.
Ainda não me sinto seguro
da força da mão direita.
Amanhã vestirei minha armadura
e devassarei o refúgio do outro
buscando um só inimigo -
que tem cara e patas de mosquito.
É diferente a insanidade
quando se investiga a alma alheia
forjando batalhas e lenta agonia.
Mas amanhã haverá entrega
creia, dentro do forro o poeta
correndo riscos de tuberculose
e ardentes beijos peçonhentos.

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