Os filósofos da Batateira também andaram pela epistemologia – natureza, etapas e limites do conhecimento humano. Chico Preto levantou a questão:
- Mas se buscamos a unidade no pensameto, a epistemologia de cara é dual. Separam-se as possibilidades da realidade de um lado e a capacidade da pessoa interpretar o mais provável do outro. Mas acontece que, pela teoria geral do pós-fato, o conhecimento não será mais dual, os fatos já acontecidos só têm uma única interpretação: o fato em si.
- Eita tá com a muguenga! Onde tu viu esta tal de Teoria Geral do Pós-fato? Isso lá existe! – Chico Breca, sem calma, levanta-se com o clamor das vozes doutrinárias.
- E quem disse que coisas depois de acontecidas têm uma única interpretação? Nunca tiveram e nunca terão. Acontece que o conhecimento é um produto humano, no interesse dele e com vista a ele mesmo. Portanto a realidade será sempre uma interpretação de quem se indaga sobre uma determinada realidade. – Chambaril no mais perfeito estilo da escola dos interesses interpretados e do conhecimento limitado às necessidades humanas.
- Pronto! Tamos lascado. Todo mundo. É a Torre de Babel! Um bando de gente dando opinião diferente sobre cada detalhe, uma confusão de eu acho, tu achas e eles acham. – Mitonho como um ator de teatro interpreta o papel do desesperado.
- É mais isso só iria ocorrer se a comida sempre estivesse posta na mesa. Aí a opinião comia solta. Mas tendo que arrancar da terra o pedaço de vida que nos resta, a opinião já vai se condensando, vai escorrendo para um mesmo lugar como as águas pela força da gravidade. Quando você ouvir muito opinião entre as pessoas é que elas têm o bucho cheio de comida. – Zé de Dona Maria também contribui.
- Vôti e vocês tão esquecendo da dialética? Quando uma opinião domina sobre as outras ela começa a ficar lerda, cheia de vantagens, não precisa de esforço, não precisa de luta, fica preguiçosa. Então aquelas opiniões diferentes, mais expostas ao sol, que estão fuçando a realidade com mais dificuldades, se juntam contra aquela que dominava. E aí vem outra coisa mais forte no lugar daquela de ficou fraca de preguiça. – João de Barros anda em busca da filosofia alemã.
- Não tem mais graça. Vamos passar os nossos dias de vida sempre discutindo a opinião dos outros em relação à nossa? Isso é desculpa de grupo. Isso é coisa de interesse dos filósofos que só têm razão de existir se for neste matagal de idéias novas em choque com as velhas. – Chapa Branca, entediado, concluía.
- O esgoto mata o rio. A telha d´água seca o leito. A represa nas nascentes cria o privilegiado na fonte e o desmerecido à jusante. O lixo entope a correnteza das águas. O desmatamento seca a água. Então? O mundo parou? Está tudo arrumado? Nós vamos deixar de ter outra visão? E com isso tudo, quando vamos tomar banho de novo no Rio da Batateira? Só o pensamento único, que nada pode mudar, é a arapuca de prender idiota. – Chico Preto não explica sua teoria geral do pós-fato, mas defende o embate das idéias.
- Mas se buscamos a unidade no pensameto, a epistemologia de cara é dual. Separam-se as possibilidades da realidade de um lado e a capacidade da pessoa interpretar o mais provável do outro. Mas acontece que, pela teoria geral do pós-fato, o conhecimento não será mais dual, os fatos já acontecidos só têm uma única interpretação: o fato em si.
- Eita tá com a muguenga! Onde tu viu esta tal de Teoria Geral do Pós-fato? Isso lá existe! – Chico Breca, sem calma, levanta-se com o clamor das vozes doutrinárias.
- E quem disse que coisas depois de acontecidas têm uma única interpretação? Nunca tiveram e nunca terão. Acontece que o conhecimento é um produto humano, no interesse dele e com vista a ele mesmo. Portanto a realidade será sempre uma interpretação de quem se indaga sobre uma determinada realidade. – Chambaril no mais perfeito estilo da escola dos interesses interpretados e do conhecimento limitado às necessidades humanas.
- Pronto! Tamos lascado. Todo mundo. É a Torre de Babel! Um bando de gente dando opinião diferente sobre cada detalhe, uma confusão de eu acho, tu achas e eles acham. – Mitonho como um ator de teatro interpreta o papel do desesperado.
- É mais isso só iria ocorrer se a comida sempre estivesse posta na mesa. Aí a opinião comia solta. Mas tendo que arrancar da terra o pedaço de vida que nos resta, a opinião já vai se condensando, vai escorrendo para um mesmo lugar como as águas pela força da gravidade. Quando você ouvir muito opinião entre as pessoas é que elas têm o bucho cheio de comida. – Zé de Dona Maria também contribui.
- Vôti e vocês tão esquecendo da dialética? Quando uma opinião domina sobre as outras ela começa a ficar lerda, cheia de vantagens, não precisa de esforço, não precisa de luta, fica preguiçosa. Então aquelas opiniões diferentes, mais expostas ao sol, que estão fuçando a realidade com mais dificuldades, se juntam contra aquela que dominava. E aí vem outra coisa mais forte no lugar daquela de ficou fraca de preguiça. – João de Barros anda em busca da filosofia alemã.
- Não tem mais graça. Vamos passar os nossos dias de vida sempre discutindo a opinião dos outros em relação à nossa? Isso é desculpa de grupo. Isso é coisa de interesse dos filósofos que só têm razão de existir se for neste matagal de idéias novas em choque com as velhas. – Chapa Branca, entediado, concluía.
- O esgoto mata o rio. A telha d´água seca o leito. A represa nas nascentes cria o privilegiado na fonte e o desmerecido à jusante. O lixo entope a correnteza das águas. O desmatamento seca a água. Então? O mundo parou? Está tudo arrumado? Nós vamos deixar de ter outra visão? E com isso tudo, quando vamos tomar banho de novo no Rio da Batateira? Só o pensamento único, que nada pode mudar, é a arapuca de prender idiota. – Chico Preto não explica sua teoria geral do pós-fato, mas defende o embate das idéias.
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