TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

Meu primeiro de janeiro ...



As despedidas
explodem fogos
dentro e fora de mim...
Ficam resíduos
adubos que se absorvem
removem a terra por si ,
e algo volta a florir

O novo é sempre verde
sem desprezo à folha seca
que o vento deixou cair
Esta é a zoada do tempo...
lembranças no pensamento
no secar das minhas águas
abro as valas do sorriso
Pra que debochar da vida ?
Ela sente , e escarra em mim

Cheiros de tinta fresca
para esta noite de festa
Banhos de alecrim, canela ...
No ralo , culpas têm fim
365 dias
apostando na alegria ...
Disparo de novas bombas :
chocolate e sapoti !

A cidade me convida ...
Abraços já amarrados
nos afetos dos meus dias
Acendo uma lua em mim
Apago a lua do quarto
No toucador do banheiro
tem um perfume de mato
Aspiro desejos fartos
suspiro um ai do passado
e vejo que o futuro
já está encadernado.

Amor disperso , condenso
pudim de leite , que adoro
Reparto com todos vós
Irmãos por parte de avós.
Blogs de tantas palavras
em minhas horas de buscas
fizeram a sua parte ...
E os versos que nunca digo
gravados em fita virgem
recolhem os meus desabafos.

Quem é o Santo do Ano ?
Ainda nem descobri ...
Se for Oxossi ,
eu garanto ...
de verde vou me vestir !

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