Deixei de esperar um chamado seu.
Eu agora que berro dos seus pulmões.
E vou andando me desviando das cascas de banana
e dos caroços de manga.
Deixei de sonhar com a sua luz.
Eu agora que roubo seu vaga-lume de tardinha.
E vou adentrando em bosques sinuosos abaixando a cabeça.
Mesmo assim triscam galhos retorcidos na minha testa.
Deixei de enlouquecer seu juízo.
Eu agora que bebo das minhas lágrimas com seu adoçante.
E vou vivendo bem e vou vivendo mal do meu jeito -
Confesso, um jeito repentino de jato d'água no olho.
Mas não se preocupe com meu riso neurótico
agora sou eu a total Beleza em pessoa -
Tamancos arrastados pelos canteiros da Sé.
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