Meu diabinho mais magro -
nem por isso morto.
Com as costelas aparecendo,
lépido e sacana.
A alma semiacordada
com o peso da chuva no lombo
contenta-se com o luxurioso canto do pássaro -
Do seu quintal vizinho
ele sabe que alguém ouve seu contentamento
de telhado molhado e paredes frias.
Na cama o livro
com meus óculos na capa
espera-me de volta.
Antes pingo duas gotas de cloreto de sódio -
que agora vejo tem uma espinha crescendo
no olho direito.
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