Nesse texto vou procurar mostrar o que descobri em 1988 e defendi no mestrado e doutorado da UFRJ (1992 e 1998). Espero que meus leitores e leitoras entendam que tudo que vou apresentar aqui é um mapa ou modelo intelectual do fenômeno que já vivenciei. Nesse sentido, quem tiver a sensibilidade ou capacidade para ler e entender profundamente poderá constatar o poder do trabalho voltado para a consciência (supra-racional) humana. O que pude constatar do processo que vivenciei naquela época, em estado alterado da consciência, é que a percepção é produto de um trabalho consciente (trabalho de percepção Z) ou inconsciente (trabalho de percepção Y) que realizamos em nossos sistemas energéticos sutis. Em outras palavras, a natureza humana é um processo complexo de transformação de energias, forças ou impulsos biológicos, psicológicos e/ou supra-psicológicos (ontológicos). Isso implica dizer que todos os nossos pensamentos, sentimentos e desejos são em essência energias puras que circulam, se chocam, se combinam e se transmutam.
Nesse contexto, de energias em processo de transformação ou transmutação hipervelozes e em estados de hiperfrequências é que se forma a nossa realidade e a nossa gama de identidades do eu-ego. Entender esse reino é preciso muita concentração (implacável em si mesmo!) nos estados da consciência. Na figura acima identifico dois estados básicos da consciência humana: consciência (comum) e a consciência de si (incomum). E cada estado ou nível de consciência tem um raio de ação variável. O raio de ação da consciência comum está identificado no gráfico como RA1, enquanto o raio de ação da consciência de si (incomum) identifico no gráfico como RA2. Eles representam dois domínios de criação e identidade: o indivíduo ou ego (RA1) e a pessoa ou self (RA2). Durante a minha crise de identidade, que teve início em agosto de 1988, pude perceber que tais estados de consciência eram na verdade duas forças cósmicas que atuam no universo (os orientais denominam de Ying e Yang). De modo que, esses estados aumentam os seus domínios em função do tipo de trabalho, exercício ou disciplina que realizamos com e através dos nossos pensamentos, sentimentos e desejos. Assim, se nos esforçamos ou nos disciplinamos em técnicas mentais de base grega ou ocidental (raciocínio lógico dedutivo, indutivo, reflexivo etc) estamos em verdade aumentando o poder de ação do indivíduo, inserindo-o cada vez mais no mundo das leis físicas, biológicas e psicológicas. E se nos esforçamos ou nos disciplinamos em técnicas não-racionais, portanto não grega ou não ocidental (p.ex.: a ioga) produzimos um efeito contrário aumentando o poder de ação da pessoa humana, inserindo-a cada vez mais no mundo das leis ontológicas e metafísicas. No primeiro caso, temos um ser preocupado com o seu destino biológico e psicológico. E no segundo caso, temos um ser que se descobriu como um ser cósmico capaz de produzir conhecimento e sabedoria com poder de cura e harmonia em torno de si.
Então, como fazer para distinguir esses dois estados ou forças cósmicas? Eu desenvolvi um método e apliquei a partir de 1988 algumas técnicas onde pude ver os seus efeitos e alcance. Antes de explicar as técnicas e o método que desenvolvi faz-se necessário descrever o conteúdo de cada um dos estados de consciência. Eu percebi que o estado de consciência do indivíduo (RA1) é, entre outras coisas, como uma esponja combinada com uma lixeira, pois é capaz de absorver tudo do mundo concreto sem uma seleção criteriosa da consciência maior (consciência de si). Nesse “recipiente” (segundo a psicologia “subconsciente”) estão nossas histórias, mágoas, ressentimentos, formas-pensamentos e todos os sentimentos desgovernados e pensamentos infundados. A repetição de sua ação aumenta o poder da lixeira ontológica tornando qualquer ser humano incapaz de perceber a grandeza e finalidade de sua natureza. E o estado de consciência da pessoa humana (self – RA2) é o verdadeiro e profundo poder supra-humano e espiritual de e em qualquer um. É o estado onde encontramos a verdadeira ética e todos os sentimentos nobres da natureza humana e, além disso, nos permite saber diretamente os mistérios das leis cósmicas. A primeira disciplina que precisamos fazer é prestar atenção contemplativa aos dois estados básicos já descritos e com o tempo identificar a natureza sutil, ou seja, constatar pela observação de si quem é quem (“joio e o trigo” – Jesus Cristo) em nosso mundo interior. E para isso, precisamos nos apoiar em três princípios ou forças ontológicas: vontade, fé e sensibilidade. Em outra oportunidade, descreverei o método que desenvolvi. A crise de identidade nesse processo é inevitável, por isso esse caminho de autodescoberta ou autoconhecimento deve ser realizado com muita cautela e se possível acompanhado por um mestre ou guru que já passou por esse caminho estreito e extremamente difícil.
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – (88)9201-9234 – bernardomelgaco@hotmail.com
Nesse contexto, de energias em processo de transformação ou transmutação hipervelozes e em estados de hiperfrequências é que se forma a nossa realidade e a nossa gama de identidades do eu-ego. Entender esse reino é preciso muita concentração (implacável em si mesmo!) nos estados da consciência. Na figura acima identifico dois estados básicos da consciência humana: consciência (comum) e a consciência de si (incomum). E cada estado ou nível de consciência tem um raio de ação variável. O raio de ação da consciência comum está identificado no gráfico como RA1, enquanto o raio de ação da consciência de si (incomum) identifico no gráfico como RA2. Eles representam dois domínios de criação e identidade: o indivíduo ou ego (RA1) e a pessoa ou self (RA2). Durante a minha crise de identidade, que teve início em agosto de 1988, pude perceber que tais estados de consciência eram na verdade duas forças cósmicas que atuam no universo (os orientais denominam de Ying e Yang). De modo que, esses estados aumentam os seus domínios em função do tipo de trabalho, exercício ou disciplina que realizamos com e através dos nossos pensamentos, sentimentos e desejos. Assim, se nos esforçamos ou nos disciplinamos em técnicas mentais de base grega ou ocidental (raciocínio lógico dedutivo, indutivo, reflexivo etc) estamos em verdade aumentando o poder de ação do indivíduo, inserindo-o cada vez mais no mundo das leis físicas, biológicas e psicológicas. E se nos esforçamos ou nos disciplinamos em técnicas não-racionais, portanto não grega ou não ocidental (p.ex.: a ioga) produzimos um efeito contrário aumentando o poder de ação da pessoa humana, inserindo-a cada vez mais no mundo das leis ontológicas e metafísicas. No primeiro caso, temos um ser preocupado com o seu destino biológico e psicológico. E no segundo caso, temos um ser que se descobriu como um ser cósmico capaz de produzir conhecimento e sabedoria com poder de cura e harmonia em torno de si.
Então, como fazer para distinguir esses dois estados ou forças cósmicas? Eu desenvolvi um método e apliquei a partir de 1988 algumas técnicas onde pude ver os seus efeitos e alcance. Antes de explicar as técnicas e o método que desenvolvi faz-se necessário descrever o conteúdo de cada um dos estados de consciência. Eu percebi que o estado de consciência do indivíduo (RA1) é, entre outras coisas, como uma esponja combinada com uma lixeira, pois é capaz de absorver tudo do mundo concreto sem uma seleção criteriosa da consciência maior (consciência de si). Nesse “recipiente” (segundo a psicologia “subconsciente”) estão nossas histórias, mágoas, ressentimentos, formas-pensamentos e todos os sentimentos desgovernados e pensamentos infundados. A repetição de sua ação aumenta o poder da lixeira ontológica tornando qualquer ser humano incapaz de perceber a grandeza e finalidade de sua natureza. E o estado de consciência da pessoa humana (self – RA2) é o verdadeiro e profundo poder supra-humano e espiritual de e em qualquer um. É o estado onde encontramos a verdadeira ética e todos os sentimentos nobres da natureza humana e, além disso, nos permite saber diretamente os mistérios das leis cósmicas. A primeira disciplina que precisamos fazer é prestar atenção contemplativa aos dois estados básicos já descritos e com o tempo identificar a natureza sutil, ou seja, constatar pela observação de si quem é quem (“joio e o trigo” – Jesus Cristo) em nosso mundo interior. E para isso, precisamos nos apoiar em três princípios ou forças ontológicas: vontade, fé e sensibilidade. Em outra oportunidade, descreverei o método que desenvolvi. A crise de identidade nesse processo é inevitável, por isso esse caminho de autodescoberta ou autoconhecimento deve ser realizado com muita cautela e se possível acompanhado por um mestre ou guru que já passou por esse caminho estreito e extremamente difícil.
Prof. Bernardo Melgaço da Silva – (88)9201-9234 – bernardomelgaco@hotmail.com
Um comentário:
Verdade ontológica !
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