Já dizia Mitonho: “sempre desconfie de objeto que se desdobra em escalas”. Com a frase queria falar entre outras coisas do tempo. O tempo é um objeto com o qual não se deveria contar, mas a verdade é que no geral se conta.
Mitonho sabia da arapuca das escalas. Sobre o tempo: falam da eternidade, de anos luz, de milênio, segundos e continuam se amiudando. O nosso filósofo também sabia do espaço. Como ele costumava dizer: o espaço é atributo do universo, só existe nele e por isso mesmo é o tanto que se afastou um do outro e uma medida desta separação é o tempo. Como se conhece um horizonte que se imagina de origem no qual nada do que é o é, pelo menos em termos físicos, poder-se-ia imaginar num outro horizonte de escape sem fim. Mas os físicos adoram variáveis limitantes. “Eis, dizia Mitonho, Einstein com seu anátema psico-físico”.
O tempo é uma medida baseada num máximo. Existe uma unidade de referência para o tempo como medida da separação. É a velocidade da luz. Ela é o máximo universal. E concluía Mitonho: “ do mesmo modo limitou o espaço. Ele não é infinito pois tem forma, é curvo e tudo que se curva em algum lugar irá se encontrar. Com isso Mitonho terminava: a desconfiança de objetos com escalas em que afinal tais escalas prometem tantas possibilidades de divisão para afinal se emparedar na velocidade da luz e na curvatura do espaço.
Bem humano. Não é? Aliás, bem humano moderno. Aquele humano que deseja o tobogã de eternas mudanças. Que deseja ir além das fronteiras que nos rodeiam. Que pretende navegar pela eternidade com as possibilidades da ciência e da tecnologia de base científica. O humano da ficção, que sonha com a realidade surreal, acorda numa poltrona figurativa, veste-se como se emplumassem com as cores da natureza. O que nosso filósofo da Batateira queria dizer é: “a modernidade promete e não entrega. Ela é limitada. Sempre desconfie das promessas da modernidade”.
Mas espere um pouco. Mitonho não queria cair neste liberalismo radical da pós-modernidade. Em que não se fundamenta, é o fim da história, não existe a vontade coletiva, não há um planeta de recursos finitos. Mitonho apenas pedia para se desconfiar das escalas. Apenas isso. Ela é útil como realização de atos humanos, mas não é confiável como um objeto totêmico da humanidade. Com isso Mitonho não se prometia um niilismo de águas que escorrem pois assim são e nada se pode fazer. Mitonho sempre acredita que os seres vivos fazem e muito farão sobre a realidade do universo.
Aliás, Chico Preto numa reunião dos filósofos da Batateira já dissera algo com o qual muitos refletiram. Dizia Chico: “dado a materialidade do universo existe alguma probabilidade que exista vida em outros astros. Até agora ninguém provou e por isso o modelo que temos é de ser a vida um fenômeno muito especial do universo. Um fenômeno condicionado por tantas circunstâncias que os torna fortuito entre a enorme freqüência com que outros ocorrem. Os condicionantes da vida são tantos e interdependentes que a vida se alimenta da vida, que ela depende continuamente de certos elementos dos astros tais como o ar, a água e a luz”.
Isso dito ao que Chambaril comentou: “então se considerarmos a inteligência do ser vivo e nesta certa racionalidade que se pensa apenas humana, seria esta consciência um fato raro, provável, mas até agora comprovado ao que se conhece. Ou seja, até agora a inteligência é um fato isolado no universo. Haveria a chance da vida do planeta terra universalizar esta inteligência”?
Zé de Dona Maria se adiantou a uma provável resposta de Chico: “muito improvável, já que não tem sentido somar universalidade ao que já é universal. Ao universal não parece se ajuntar novos valores universais. Os seres humanos é que descobrem novas coisas universais, elas já o eram independente desta consciência. Isso apenas quer dizer que a consciência não se soma à universalidade, apenas reflete a mesma.
Biô muito contrariado deu um muxoxo e falou: “esta é a filosofia do espelho. No fundo do fundo o que vocês concluíram é que o ser humano e sua consciência funcionam apenas como reflexo da realidade. Eu como não sou apenas um espelho vou olhar a especialidade das pernas e da bunda de Mundinha”.
Mitonho sabia da arapuca das escalas. Sobre o tempo: falam da eternidade, de anos luz, de milênio, segundos e continuam se amiudando. O nosso filósofo também sabia do espaço. Como ele costumava dizer: o espaço é atributo do universo, só existe nele e por isso mesmo é o tanto que se afastou um do outro e uma medida desta separação é o tempo. Como se conhece um horizonte que se imagina de origem no qual nada do que é o é, pelo menos em termos físicos, poder-se-ia imaginar num outro horizonte de escape sem fim. Mas os físicos adoram variáveis limitantes. “Eis, dizia Mitonho, Einstein com seu anátema psico-físico”.
O tempo é uma medida baseada num máximo. Existe uma unidade de referência para o tempo como medida da separação. É a velocidade da luz. Ela é o máximo universal. E concluía Mitonho: “ do mesmo modo limitou o espaço. Ele não é infinito pois tem forma, é curvo e tudo que se curva em algum lugar irá se encontrar. Com isso Mitonho terminava: a desconfiança de objetos com escalas em que afinal tais escalas prometem tantas possibilidades de divisão para afinal se emparedar na velocidade da luz e na curvatura do espaço.
Bem humano. Não é? Aliás, bem humano moderno. Aquele humano que deseja o tobogã de eternas mudanças. Que deseja ir além das fronteiras que nos rodeiam. Que pretende navegar pela eternidade com as possibilidades da ciência e da tecnologia de base científica. O humano da ficção, que sonha com a realidade surreal, acorda numa poltrona figurativa, veste-se como se emplumassem com as cores da natureza. O que nosso filósofo da Batateira queria dizer é: “a modernidade promete e não entrega. Ela é limitada. Sempre desconfie das promessas da modernidade”.
Mas espere um pouco. Mitonho não queria cair neste liberalismo radical da pós-modernidade. Em que não se fundamenta, é o fim da história, não existe a vontade coletiva, não há um planeta de recursos finitos. Mitonho apenas pedia para se desconfiar das escalas. Apenas isso. Ela é útil como realização de atos humanos, mas não é confiável como um objeto totêmico da humanidade. Com isso Mitonho não se prometia um niilismo de águas que escorrem pois assim são e nada se pode fazer. Mitonho sempre acredita que os seres vivos fazem e muito farão sobre a realidade do universo.
Aliás, Chico Preto numa reunião dos filósofos da Batateira já dissera algo com o qual muitos refletiram. Dizia Chico: “dado a materialidade do universo existe alguma probabilidade que exista vida em outros astros. Até agora ninguém provou e por isso o modelo que temos é de ser a vida um fenômeno muito especial do universo. Um fenômeno condicionado por tantas circunstâncias que os torna fortuito entre a enorme freqüência com que outros ocorrem. Os condicionantes da vida são tantos e interdependentes que a vida se alimenta da vida, que ela depende continuamente de certos elementos dos astros tais como o ar, a água e a luz”.
Isso dito ao que Chambaril comentou: “então se considerarmos a inteligência do ser vivo e nesta certa racionalidade que se pensa apenas humana, seria esta consciência um fato raro, provável, mas até agora comprovado ao que se conhece. Ou seja, até agora a inteligência é um fato isolado no universo. Haveria a chance da vida do planeta terra universalizar esta inteligência”?
Zé de Dona Maria se adiantou a uma provável resposta de Chico: “muito improvável, já que não tem sentido somar universalidade ao que já é universal. Ao universal não parece se ajuntar novos valores universais. Os seres humanos é que descobrem novas coisas universais, elas já o eram independente desta consciência. Isso apenas quer dizer que a consciência não se soma à universalidade, apenas reflete a mesma.
Biô muito contrariado deu um muxoxo e falou: “esta é a filosofia do espelho. No fundo do fundo o que vocês concluíram é que o ser humano e sua consciência funcionam apenas como reflexo da realidade. Eu como não sou apenas um espelho vou olhar a especialidade das pernas e da bunda de Mundinha”.
2 comentários:
Estão abertas as inscrições para o vestibular de Filosofia , na cidade do Crato.
Se o corpo docente puder contar ,na sua constituição , com os filósofos da Batateira, vou voltar para os bancos escolares.
Fico aqui de queixo caído ,querendo na invisibilidade, participar da roda.
Que venham mais textos como esse. "Mitonho" é meu mestre há tempos !
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