Vó dizia:- Não pensa que pode, miolo-de-pote! Tu pode.
Poesia não doutrina ninguém, acho.
Se meu pai dançava feito Mazzaropi
no dia de Reis, seis de janeiro, recitando repentes
só um sertanejo.
O olho azul da velha,
O olho esbugalhado do bode pendurado no seu quintal
Trauma daquela menina olho agateado
Vó de assar castanha acocorada
Pai-peixe das cachoeiras e lagos do São Francisco
sou de libra, balança de loucura e de justiça...cega?
Se a estátua fosse cega não usava venda
Não vendo poesias, ora, só rabiscos...
2 comentários:
Marta de vez e quando retorna ao canto popular. Poeta como um marcador de dança, enquanto desenvolve a particularidade de seu próprio tema. Este poema e o próximo são cantos irmanados.
Sr. José do Vale, uma honra receber vosso comentário.
Aproxima-se o 14 de março,pois o canto seja ouvido sem fronteiras, as mulheres se orgulhem de outras no 8 de março, e que o peixe da semana santa não fosse sardinha enlatada para nenhum...são só uns lembretinhos, umas preces falíveis, uns desejos vãos...
Inspiração contar com sua admiração.
Obrigada.
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