Só as mães são infelizes
Em sua coluna de domingo na FSP Gilberto Dimenstein faz um elogio da capacidade de envelhecer com curiosidade, com espírito de renovação. No seu P.S faz uma referência ao bizarro episódio de excomunhão da mãe da menina de Pernambuco. Engraçado, não vi citação de nenhuma música de Cazuza, tão comum nesse blog, enaltecendo o "divertidíssimo" arcebispo de Olinda e Recife. Cheguei a pensar que Cazuza, através do seus discípulos, encarnava oque havia de mais católico e conservador no país. Parece que estava enganado:
"PS - Por falar em velhice, raras vezes assisti no Brasil a um exemplo tão acabado de arcaísmo como a excomunhão, na semana passada, da mãe que permitiu o aborto da filha de nove anos. Além de vítima de estupro cometido pelo padrasto, a menina corria risco de morte. Se Deus existe, ele deve estar envergonhado do que fazem usando seu nome. É uma amostra do que significa a incapacidade de se reciclar."
2 comentários:
é isto Maurício, é no que dá deixar as decisões e a divulgação das coisas celestes só com os porta-vozes. Imagine vc a responsabilidade que se tem ao seu escrever alguma coisa. A Bíblia que se diz é um livro de inspiração divina deu margem a esta quantidade de interpretação, vc imagine os escritos por simples e perecíveis mortais...Veja que interpretações sensacionais: o estrupo é um crime mais simples que o aborto;o aborto merece excomunhão, a pedofilia não e por aí vai. Se ainda existisse aquele Deus do velho testamento acredito que nos já estaríamos no trigésimo dilúvio.
José Flávio
fico horrorizado com o fanatismo de alguns católicos. pensava que esse fanatismo (a incapacidade de questionar "dogmas" ultrapassados ou interpretados com uma base em uma ciência morta fosse privilégio das igrejas neopentencostais. de qualquer forma é um alívio saber que essa igreja está escorrendo pelo ralo. com seus arcebispos e ratos de plantão. abraço.
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