Retornando ao princípio. Aliás ao princípio apenas se pode mesmo é retornar, mas neste caso já estávamos tão avançados na trama que se poderia retornar à metade. Por isso, é ao princípio que retornamos. Retorno como causa.
Um domingo de inverno cearense. Em Paracuru chove de alagar a planície da Piriquara. Moscas, mosquitos, borboletas, formigas de dezenas de espécies, é tanta vida que se multiplica como os vaga-lumes nas noites do litoral e as poças repletas de imensas orquestras da saparia em louvor das estrelas e de uma lua crescente.
Casais se reúnem em pleno domingo aquoso. Ao invés do desprazer burguês, a alegria quase sertaneja do inverno. O assunto é a água. Aquele fora um dia esperado, com um carnaval no meio e numa ponta mais remota uma belíssima noite com Mimi cantando Piaff até a última nota do piano. Pronto numa varanda e as águas começam correr.
Um pedaço de churrasco e um gole, uma lembrança e outro, quê piada mais inteligente (!) e outro gole. Não era pingo d´água na laje, eram goles aos borbotões. A chuva cai no côncavo do terreno e os líquidos da garrafa no antro do estômago. Nesta altura todos os raios do inexistente sol transitam na roda. Até que alguém grita: vamos tomar banho de mar.
Pronto estava o mar a perigo. Em dois automóveis pararam os casais na própria areia da praia. Desceram com um litro daquele old da imensa barba. Um papo, uma música para o tempo e o mar ameaçado. E os goles eram tomados na trincadura nervosa do frio da água e mais outros tantos que o mar começou a recuar.
Juro por Deus. O mar de tanto medo daqueles sorvedouros imensos, foi se recolhendo com o intento de também não ser bebido naquela volúpia de uma tarde de domingo. A primeira vez na história que a manchete dos jornais seria: O MAR FOI BEBIDO INTEIRO NUMA ÚNICA TARDE.
De repente foram se dando conta que o mar se escondera além dos recifes. Não entendiam nada de medo do mar. Afinal ninguém era oceanógrafo, apenas alguns profissionais da saúde e jornalistas. Com tamanha covardia do mar, resolveram ir a outro bar, já que o mar não tava para água.
Mais sete caipirinhas e uma pratada de ovas fritas. Beliscadas, goladas e pronto. Foi a ova, estou mal. Preciso de um banho, preciso de um apoio, preciso de um centro e finalmente a necessidade mais adequada: preciso de uma rede.
No dia seguinte: qual foi mesmo a seqüência do dia, a ova ou o mar primeiro?
Um domingo de inverno cearense. Em Paracuru chove de alagar a planície da Piriquara. Moscas, mosquitos, borboletas, formigas de dezenas de espécies, é tanta vida que se multiplica como os vaga-lumes nas noites do litoral e as poças repletas de imensas orquestras da saparia em louvor das estrelas e de uma lua crescente.
Casais se reúnem em pleno domingo aquoso. Ao invés do desprazer burguês, a alegria quase sertaneja do inverno. O assunto é a água. Aquele fora um dia esperado, com um carnaval no meio e numa ponta mais remota uma belíssima noite com Mimi cantando Piaff até a última nota do piano. Pronto numa varanda e as águas começam correr.
Um pedaço de churrasco e um gole, uma lembrança e outro, quê piada mais inteligente (!) e outro gole. Não era pingo d´água na laje, eram goles aos borbotões. A chuva cai no côncavo do terreno e os líquidos da garrafa no antro do estômago. Nesta altura todos os raios do inexistente sol transitam na roda. Até que alguém grita: vamos tomar banho de mar.
Pronto estava o mar a perigo. Em dois automóveis pararam os casais na própria areia da praia. Desceram com um litro daquele old da imensa barba. Um papo, uma música para o tempo e o mar ameaçado. E os goles eram tomados na trincadura nervosa do frio da água e mais outros tantos que o mar começou a recuar.
Juro por Deus. O mar de tanto medo daqueles sorvedouros imensos, foi se recolhendo com o intento de também não ser bebido naquela volúpia de uma tarde de domingo. A primeira vez na história que a manchete dos jornais seria: O MAR FOI BEBIDO INTEIRO NUMA ÚNICA TARDE.
De repente foram se dando conta que o mar se escondera além dos recifes. Não entendiam nada de medo do mar. Afinal ninguém era oceanógrafo, apenas alguns profissionais da saúde e jornalistas. Com tamanha covardia do mar, resolveram ir a outro bar, já que o mar não tava para água.
Mais sete caipirinhas e uma pratada de ovas fritas. Beliscadas, goladas e pronto. Foi a ova, estou mal. Preciso de um banho, preciso de um apoio, preciso de um centro e finalmente a necessidade mais adequada: preciso de uma rede.
No dia seguinte: qual foi mesmo a seqüência do dia, a ova ou o mar primeiro?
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