Por pouco o poeta não admira a alma
levitando fora do corpo .
Uma grade de ferro na nuca
mata não importa o encosto.
Meu anjo da guarda tem insônia
mas de dia não boceja -
é valente,
sempre atento.
Segurou com uma asa
a barra de ferro
e com a outra
dos meus ombros
sacudiu a poeira.
Por um segundo fiquei cego -
só pensei no meu último verso.
Será que poeta ainda escreve
com a alma fora do corpo
e o crânio partido?
Meu anjo da guarda balança a cabeça
com um olhar reprovativo -
Cuidado com as palavras,
menino.
levitando fora do corpo .
Uma grade de ferro na nuca
mata não importa o encosto.
Meu anjo da guarda tem insônia
mas de dia não boceja -
é valente,
sempre atento.
Segurou com uma asa
a barra de ferro
e com a outra
dos meus ombros
sacudiu a poeira.
Por um segundo fiquei cego -
só pensei no meu último verso.
Será que poeta ainda escreve
com a alma fora do corpo
e o crânio partido?
Meu anjo da guarda balança a cabeça
com um olhar reprovativo -
Cuidado com as palavras,
menino.
Nenhum comentário:
Postar um comentário