Em certa fase da minha vida interessei-me em pesquisar a vida e obra do Padre Cícero. Não me limitei unicamente a longas conversas com pessoas que o conheceram pessoalmente (foi o caso de Amália Xavier de Oliveira – já falecida – e Maria Assunção Gonçalves, ainda viva, caminhando para os seus 94 anos de profícua existência). Também li muito sobre o Padre Cícero. Na minha modesta biblioteca possuo 56 livros – alguns raríssimos – tendo ele como personagem central. A grande maioria seguindo a mesmice: “pró ou contra”. Exceções a essa bi-polarização são poucos. Um deles, “Milagre em Joaseiro”, do norte-americano Ralph Della Cava. Um clássico!
Perdi a conta dos livros emprestados que também li, como foi o caso de “Joaseiro do Cariry”, do Padre Alencar Peixoto. Uma raridade!
Nos últimos dias li uma enxurrada de reportagens, artigos e crônicas publicadas pela mídia sobre a Beata Maria de Araújo. Estranhamente, não se falou sobre a morte dela.
Segundo Amália Xavier de Oliveira, Maria de Araújo faleceu em plena Revolução de 1914. O dia foi 17 de janeiro. E diz a autora de “O Padre Cícero que eu conheci” (à pág.26, 3ª edição, Editora Massangana, Recife – PE, 1981): “Maria de Araújo, beata conhecida por todo o povo de Juazeiro e quiçá do Nordeste brasileiro, vivia pobremente numa pequena casa com umas moças desamparadas, algumas até suas parentas. Adoeceu gravemente; aumentaram as necessidades com a doença agravada pela situação da guerra. (...) Dizem que a Beata ofereceu sua vida pela paz da cidade e a tranqüilidade do seu pai, na ordem espiritual. Se foi aceito por Deus, veremos na outra vida. Nesta, só podemos confirmar que ela morreu sete dias antes da tomada de Crato (...) Deitada numa pequena cama-de-vento, estendida na sala de visitas do lado sul, vi, muitas vezes a Beata, a principal protagonista dos fatos aqui ocorridos em 1889, iniciados, ocultamente desde 1884.
Estatura baixa, pele escura, cabelo cortado à escovinha, usava vestido preto à moda das outras beatas, mas, não usava manto, véu e nem murça. Substituía por chale preto, dobrado de ponta indo quase da cabeça aos pés. Viveu sempre muito pobremente; passou privações sem conta; talvez por estas circunstâncias, foi sempre muito humilde, vivendo ocultamente em sua casa até que o Pe. Cícero mandou-a para a casa de Dona mariinha do Capitão Domingos, onde morreu.
Havia recebido o sacramento dois meses antes e foi assistida pelo seu Diretor Espiritual até a última hora, ouvindo-lhe as recomendações que fazia de “apresentar-se confiadamente a Nossa Senhora, sua protetora e Mãe em todo o decurso de sua vida”.
Foi assim o final da vida da Beata Maria de Araújo. Dona Amália Xavier e Assunção Gonçalves também me contaram muitos fatos sobre esta criatura.
Ah! Ia esquecendo de dizer a causa mortis da Beata. Ela morreu de câncer no seio, doença – que após ter virado metástase – a fez sofrer terrivelmente.
Perdi a conta dos livros emprestados que também li, como foi o caso de “Joaseiro do Cariry”, do Padre Alencar Peixoto. Uma raridade!
Nos últimos dias li uma enxurrada de reportagens, artigos e crônicas publicadas pela mídia sobre a Beata Maria de Araújo. Estranhamente, não se falou sobre a morte dela.
Segundo Amália Xavier de Oliveira, Maria de Araújo faleceu em plena Revolução de 1914. O dia foi 17 de janeiro. E diz a autora de “O Padre Cícero que eu conheci” (à pág.26, 3ª edição, Editora Massangana, Recife – PE, 1981): “Maria de Araújo, beata conhecida por todo o povo de Juazeiro e quiçá do Nordeste brasileiro, vivia pobremente numa pequena casa com umas moças desamparadas, algumas até suas parentas. Adoeceu gravemente; aumentaram as necessidades com a doença agravada pela situação da guerra. (...) Dizem que a Beata ofereceu sua vida pela paz da cidade e a tranqüilidade do seu pai, na ordem espiritual. Se foi aceito por Deus, veremos na outra vida. Nesta, só podemos confirmar que ela morreu sete dias antes da tomada de Crato (...) Deitada numa pequena cama-de-vento, estendida na sala de visitas do lado sul, vi, muitas vezes a Beata, a principal protagonista dos fatos aqui ocorridos em 1889, iniciados, ocultamente desde 1884.
Estatura baixa, pele escura, cabelo cortado à escovinha, usava vestido preto à moda das outras beatas, mas, não usava manto, véu e nem murça. Substituía por chale preto, dobrado de ponta indo quase da cabeça aos pés. Viveu sempre muito pobremente; passou privações sem conta; talvez por estas circunstâncias, foi sempre muito humilde, vivendo ocultamente em sua casa até que o Pe. Cícero mandou-a para a casa de Dona mariinha do Capitão Domingos, onde morreu.
Havia recebido o sacramento dois meses antes e foi assistida pelo seu Diretor Espiritual até a última hora, ouvindo-lhe as recomendações que fazia de “apresentar-se confiadamente a Nossa Senhora, sua protetora e Mãe em todo o decurso de sua vida”.
Foi assim o final da vida da Beata Maria de Araújo. Dona Amália Xavier e Assunção Gonçalves também me contaram muitos fatos sobre esta criatura.
Ah! Ia esquecendo de dizer a causa mortis da Beata. Ela morreu de câncer no seio, doença – que após ter virado metástase – a fez sofrer terrivelmente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário