A sirene da crise ecoou
Correram sem olhar pra trás, levaram as bolsas, claro, e os óculos raiban
Esqueceram de pegar nas mãos dos pequenos, nós não
Parafernália, e nós nem tchum
Tanta gente ainda a fugir do apito, tamanho alarme
Aqui as comportas nem abrem
Ainda hoje eu vi o rio
Mesmo volume, ameaça nenhuma,
Sabotagem, pilantra no botão da usina
E rapidinho evacuadas as avenidas...deles
Píiiiiiiii...píiiiiiiii...
Por um instante, ao invés do apito
Um tambor ecoando batuques, nossa cara
As pessoas correndo dançando, pelo menos
Quando o susto é pequeno, menos enfartes
Ainda ontem meu país não era assim
Ainda nem nos acostumamos
Os lucros investem notícias
eu só compro importado
se o meu país ainda não tiver fabricado
O que pode uma sirene contra surdos?
e rouca fico é se não gritar
não nos acostumamos
com o tamanho da força
com a arrumação da casa
nação apresenta outra cara
na cara de quem não se acostuma
Um comentário:
Por entre vozes portando
flechas e espadas
tortas como falso é um blefe
nossos corpos resistem
graças às imagens
no poema vivo
de Marta F.
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