Dizem que o destino das ditaduras e dos ditadores é a lata de lixo da história. Isso ficou reforçado com o despacho divulgado pelas agências de notícias neste domingo, dia 5.
Abaixo, a transcrição tirada do jornal “O Povo” de Fortaleza:
Abaixo, a transcrição tirada do jornal “O Povo” de Fortaleza:
Exposição na Rússia
Stalin: do culto ao papel higiênico
A ostentação dos retratos ou as imagens gravadas em papel higiênico : uma exposição traça a percepção do “paizinho dos povos” - congelada, monstruosa ou como simples tema artístico, na pintura russa dos últimos 80 anos.
A ostentação dos retratos ou as imagens gravadas em papel higiênico : uma exposição traça a percepção do “paizinho dos povos” - congelada, monstruosa ou como simples tema artístico, na pintura russa dos últimos 80 anos.
“A exposição mostra a evolução da imagem de Stalin, do desabrochar do culto da personalidade a nossos dias”, explica Galina Larionova, colaboradora do Museu de História Política de São Petersburgo onde a mostra está sendo apresentada.
Nas primeiras imagens oficiais do início dos anos 30, “o camarada Stalin” aparece como “o primeiro entre seus pares”. É com frequencia rodeado de camponeses, trabalhadores. Nos anos 40 e 50, “o paizinho dos povos” torna-se mais estático e monumental, sua imagem toma traços divinos. Quarenta anos mais tarde, as pinturas da perestroika se concentram sobre o autor das grandes expurgos de 1937-38.
Num cartaz do pintor Serguei Veprev, Stalin aparece tendo como fundo uma estrela vermelha sangrante, em arame farpado. Para os modernos, Joseph Stalin não representa mais “a encarnação do mal” mas um tema como qualquer outro. O quadro de Serguei Baskakov “Durex. N1 in URSS” representa Stalin numa embalagem de preservativo. Na concepção de Iuri Tchinnik, “Segunda vida”, rolos de papel higiênico representando o ditador soviético são colocados numa biblioteca. A exposição fica aberta até 20 de abril. (das agências)
6 comentários:
Meu caro Armando Rafael.
Bom dia.
Esta sua postagem tem muito a ver com o Brasil que vivemos. O nosso presidente na sua desenvoltura para mentir e enganar, aproveitando-se de sua gradiosa capacidade dissimulativa e ardilosa, resvestindo-se do manto sagrado de unico salvador do mundo e redentor dos pobres e oprimidos, parece que estamos diante de um Deus conhecedor de todos os misterios da vida terrena. O endeusamento personificado, muito tipico das ditaduras comunistas; a exemplo de Lenin, Fidel, Mao, e, as mais modernas, das vertentes socialistas de Hugo Chaves e Evo morales, manipulando as pessoas em seu mister mais notavel. No Brasil temos uma educação combalida, uma saude acabada,pessoas morrem por falta de atendimento, segurança publica enexistente, demais setores ofegantes, aposentados em deficuldades, o presidente empresta dinheiro ao FMI porque é chique. Vai a lata do lixo da historia. Aguardem, pra frente é que as malas batem.
Caro Morais,
Eu tenho uma convicção tão profunda no provérbio "O Tempo é o senhor da razão" que não tenho a menor dúvida: um dia saberemos - na plenitude - os males da atual administração federal causou e vem causando ao nosso Brasil...
Quem viver verá.
Caros Morais e Armando: o tempo já se encontra na própria marcha. É com desprazer que analiso que estão errados.
Abraços
José do Vale
Caro José do Vale,
Respeito - sem nenhum constrangimento - suas idéias.
No entanto, temos que admitir que
a exposição sobre o ditador Stalin é fato. Os russos estão fazendo fila para vê-la.
Quanto ao presidente Lula tem uma minoria que não aprova o governo dele. Parece-me até que a popularidade dele caiu um pouco. Não sei se isso é verdade. Mas hoje, sintomaticamente, li o artigo abaixo de Marco Sedin
"O Psicopatalítico
Lendo a revista Veja da semana passada, cheguei a uma conclusão: Lula é um "psicopatalítico", expressão que inventei para denominar um político severamente psicopata. Senão vejamos:
De acordo com o reconhecido psicólogo canadense, Robert Hare (47), as principais características de um psicopata são: ausência de sentimentos morais, como remorso ou gratidão; extrema facilidade para mentir e grande capacidade de
manipulação. Agora, observemos com atenção comportamentos do nosso
chefe-maior:
Lula da Silva nunca demonstrou qualquer arrependimento por ter cometido alguma falta, sequer atribui a si próprio uma possível falha; ao contrário, nas várias vezes em que ocorreram denúncias de corrupção, formação de quadrilha, malversação
do dinheiro público, sempre tratou de acusar, sem dó ou piedade, os
seus companheiros mais próximos, taxando-os, imediatamente, de
traidores, aloparados e estrambelhados.
Gratidão, nem se fala. Os outros é que deveriam agradecê-lo pelo que alega ter feito pelo país. Nunca houve um presidente como ele! "Cada um de vocês é uma célula do meu corpo, cada um de vocês é uma gota do meu sangue" disse Lula num sermão em Goiânia (setembro de 2006), comparando-se a Cristo na comunhão.
Falando para empresários na inauguração simbólica da fábrica da Cobrasma, em Osasco (03 de setembro de 2004),
Inácio perolou: "Não pensem que vocês fizeram pouca coisa na história da humanidade, não. Possivelmente, o cidadão que votou em mim não tem a consciência do gesto dele num país importante como o Brasil". Quanta
humildade!
No entanto, uma coisa tem de ser admirada no nosso presidente: a sua desenvoltura para mentir e enganar, aproveitando-se de sua grandiosa capacidade dissimulativa e ardilosa, revestindo-se do ma nto sagrado de único salvador do mundo e redentor dos pobres e dos oprimidos.
Parafraseando Fernando Pessoa, pode-se dizer que "ele finge tão completamente que chega a fingir que é dor a dor que deveras sente".
Parece que estamos diante de um Deus, conhecedor de todos os mistérios da vida terrena e não percebemos a subliminar técnica de endeusamento personificado, muito típico das ditaduras comunistas; a exemplo de Lênin, Fidel, Mao, e, mais modernas, das vertentes socialistas, de Hugo Chaves e Evo Morales, na América do Sul.
Manipular as pessoas é o seu mister mais notável. Os seus muitos admiradores insistem em apontá-lo como um pobre metalúrgico, semi-analfabeto, que chegou ao cargo máximo de
mandatário da Nação; e, por isso, as elites não podem suportá-lo.
Hoje, Lula, igual lobo travestido de cordeiro, faz parte da mais arrogant e elite desse país. Que diga o seu filho pródigo - o Lulinha - que, de noite para o dia, passou de simples pastorador de animais em zoológico a fazendeiro rico e empresário de sucesso milionário.O que Luís Inácio mais consegue fazer, e o
faz com maestria e intencionalidade, é provocar antagonismos sociais.
Brancos contra negros, índios contra não-índios, pobres contra ricos, militares contra civis, empresários contra empregados; não importa.
O objetivo é incentivar a luta de classes, palco intrínseco ao
processo revolucionário.
Por último, na semana passada, revelou-se a sua avançada psicopatia racista. Ao falar em coletiva sobre a crise
internacional, ao lado do primeiro-ministro da Grã-Bretanha, Gordon
Brown, afirmou: "Essa crise não foi gerada por nenhum negro, índio ou pobre. É uma crise causada, fomentada, por comportamentos irracionais de gente branca, de olhos azuis, que antes da crise parecia que sabia de tudo e que agora demonstram não saber de nada".
Afora a metáfora, de péssimo gosto, só abordando o aspecto da cor, esqueceu-se de que, por
coincidência, dois dos responsáveis, pela crise, são negros: Frank Raines, ex-presidente de uma das maiores empresas hipotecárias dos
Estados Unidos, a Fanne Mae, e Stan O´Neal, ex-presidente do banco de investimentos Merrill Lynch, causadores de um prejuízo de mais de US$ 2 bilhões.
Mas o principal não é isso. São as
recÃ?nditas intempéries do caráter de Lula da Silva a servir de
vergonha ao povo brasileiro e de jocosidade às relações internacionais.
Eu recomendaria ao nosso enfermo presidente uma deitada no divã do Dr. Hare".
Marco Sendin.
Armando: convenhamos que Sendin realmente escreve com conhecimento de causa. Uma das características deste tipo de patologia é a projeção, lançar sobre os outros aquilo que não se encaixa bem em si. Agora do ponto de vista ideológico imaginar que Lula seja um socialista ou um comunista é o mesmo que confundir as correntes que eventualmente se abrigaram no PT com o Lula. Lula não é e nunca foi, nem mesmo na mais corriqueira fala um socialista. Ele foi politicamente formado na base sindicalista, mas aqui no Brasil isso é sinônimo de comunista. Mas isso não é o teu caso, pois és um historiador e tem a metodologia científica como referência. Só para você sentir a origem deturpada deste tipo de argumento eu vou relatar um caso bem típico. Espero que tenha tempo para ler.
Quando era criança, ali pelos idos de 62 a 64 um dos demônios das conversas familiares e da conversa dos adultos debatendo política era o Francisco Julião, aquele das ligas camponeses. Você sabe que eu ia e vinha para casa com meu pai e por isso ficava horas esperando por ele e junto a ele ouvindo as conversas na livraria católica e no próprio Diocesano com os professores, especialmente padres. Daí formei uma visão demoníaca do Julião. Tempos depois, aqui no Rio, sou assessor do Gabinete do Reitor da UERJ e tenho contato com Julião. Viramos amigos, de longas conversas. Julião não era e nunca foi socialista e nem comunista e esta era exatamente a pecha que minha geração tinha recebido. Armando eu sou sincero, desde jovem que sou socialista e acompanhei muito de perto os partidos revolucionários e sei do que estou falando ao fazer este relato do Julião e do Lula.
Agora vou aproveitar para mais uma história. Quando estava no primeiro ano de ausência do Crato, li um livro muito bem escrito, metodologicamente com base no marxismo e tão bem encaixado que duvidei. Chamava-se Cangaceiros e Fanáticos e fora escrito pelo jornalista Rui Facó, que morreu num acidente de avião e acho que era cearense. Como era de testar minhas observações, especialmente no que se referia ao Juazeiro, fui buscar o Padre Gomes. Entendia muito da questão Juazeiro, embora muito apaixonado pelo embate com a igreja daquele dissidente, não era marxista, fora até integralista quando mais jovem (mas isso Dom Hélder Câmara que é uma referência da igreja progressista também fora). Padre Gomes me confirmou todos os fatos e ponderou favoravelmente sobre a veracidade das conclusões de Rui. Veja você o quanto o debate nos acresce não apenas em contraponto, mas em ajuste das idéias.
Finalizando, sou médico e estudei psicopatologia, este texto é um relato furibundo de um adversário do presidente da República. Num velho estilo talvez fundado por Lacerda dos embates com Getúlio. Aliás na república velha os embates políticos também eram ácidos, porém muito mais humorados. Este tipo de escrito é grosseria pura, tem o dom de xingar, acusar e demonizar. Basta ouvir na voz de um adversário para sentirmos o mal que causam.
Caro José do Vale:
1 - Com relação a Rui Facó confirmo que era cearense. Possuo o livro dela ("Cangaceiros e Fanáticos", Editora Civilização Brasileira S.A.2ª edição,1965).
Recentemente presidi um evento, no Instituto Cultural do Cariri, de lançamento do livro "José de Figueiredo Brito - Luta de Trajetória", escrito por 2 filhos (Telma e Heitor) do legendário socialista cratense.
Livro interessante, prefaciado por Everardo Arraes de Alencar Norões, que a certa altura escreveu:
"Foi através dele ( de José Figueiredo Brito) que conheci Rui Facó, com quem nos reunimos quando historiador do cangaço visitou o Crato.Rui Facó, também de origem cearense, era importante intelectual do Partido Comunista Brsileiro, colaborador assíduo da revista Estudos Sociais.Viria a falecer pouco tempo depois daquele nosso encontro, num desastre de avião, a caminho da Bolívia, no mês de março de 63, um ano antes da implantação do regime militar" (...)Lembro-me de Rui Facó, os olhos profundamente azuis, sua cativante simplicidade, a calva luzidia, o chapéu a protegê-lo daquele sol do Nordeste, cuja história tanto o facinara. Na ocasião seu livro ainda se encontrava em preparo".
2 - Não duvido da sua sinceridade, pois só é sincero quem olha dentro do olho do interlocutor. E esta qualidade você tem.
Com o apreço de sempre,
Armando
Postar um comentário