TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 15 de maio de 2009

AZULZINHO

Reconheço o erro
tiro a foto
boto no álbum
fecho o álbum
No aqui e agora há outro erro irreconhecível
lá na frente, outra foto
erra-se quando a emoção trai a consciência
o erro nunca é preso em flagrante
No instante seguinte, o texto
quase perfeito vira rascunho
perdoar é sempre posteriormente
ninguém deseja errar o assunto
os álbuns são azuis

4 comentários:

Domingos Barroso disse...

Azuis.

Lindo texto.
Um forte abraço.
Marta F.-

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Marta: se o erro nunca é preso em flagrante, dado que é posterior, seria a consciência, então, a vítima do flagrante?

Marta F. disse...

Gentileza sua, Domingos, obrigada.

Do Vale, prazer responder-lhe,adoro ser questionada, amplia meu ponto de vista.
É,acho que sim,no momento do erro a consciência é penalizada, é ela a vítima, não há erros conscientes. Ninguém deseja errar, só reconhece depois que erra, depois que esfria a cabeça. Foi o que eu quis dizer. Nem um imbecil erra propositadamente.

Muito bom partilhar opiniões, agradeço.

Marta F. disse...
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