TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sexta-feira, 15 de maio de 2009

ENSINAMENTOS ESPIRITUAIS DO MESTRE INDIANO SATHYA SAI BABA


(O Mestre SATHYA SAI BABA é uma pessoa considerada pelos indianos como um sábio, um iluminado que atrai milhões de pessoas do mundo inteiro. Há mais de 50 anos vem palestrando e promovendo encontros espirituais. Suas palavras aponta para a renovação espiritual do homem. E sua ciência espiritual busca ensinar o caminho do Amor Incondicional de Deus. Assim, quem duvidar do seu poder é só visitá-lo na India e assim constatar diretamente a sua enorme espiritualidade).

20. NEM ESCRITURAS, NEM LÓGICA

http://palavras.sathyasai.org.br/volume01.html
“Varanasi Subrahmanya Shastry falou longamente sobre dois tipos de pesquisadores dos tempos atuais e dos conflitos entre eles, ou seja, Shastravadhins (explanadores das Escrituras) de um lado e Buddhivadhins (explanadores da argumentação intelectual) do outro. Ele disse que os Shastravadhins aceitaram a sabedoria dos antigos, conforme registrada nas Escrituras Sagradas Hindus, como sendo autênticas, enquanto que os Buddhivadhins preferiram seguir apenas o caminho da razão e aceitam como autênticas só as coisas que satisfaçam sua lógica. Evidentemente, Varanasi mostrou os defeitos do segundo grupo de pessoas tomando inúmeros exemplos e expondo as falácias dos Buddhivadhins.
Ele citou profusamente as escrituras e fez seu discurso intrincado e erudito. Eu sinto que a maior parte do que foi dito aqui não foi captado e que, conseqüentemente, vocês perderam o ponto crucial do que ele queria comunicar. O intelecto (buddhi) se deleita na discussão e na argumentação; uma vez que vocês cedam à tentação da dialética, levará um longo tempo para que escapem de seus grilhões, destruam-na e desfrutem da bem-aventurança que advém de sua anulação. Vocês precisam durante todo o tempo estar atentos às limitações da razão. A Lógica deve dar lugar ao Logos e a Dedução deve dar lugar à Devoção. O intelecto pode ajudá-los apenas durante um trecho do caminho em direção a Deus; o restante é iluminado pela intuição. Seus sentimentos e suas emoções deformam até mesmo seus processos de
pensamento e a razão é transformada por eles num touro selvagem. Com muita freqüência, o egoísmo tende a encorajar e justificar a selvageria, pois a pessoa é conduzida para o caminho errado por sua própria razão, se esse é o caminho que gosta! Com muita freqüência, vocês chegam à conclusão que queriam chegar!

As escrituras são apenas mapas de estradas ou livros-guia
A não ser que vocês sejam extremamente cuidadosos ao examinar o próprio processo de raciocínio, mesmo enquanto ele está se processando, há perigo de que estejam seguindo a trilha que vocês mesmos estabeleceram. A razão pode ser domada apenas pela disciplina, pela aplicação sistemática da canga, da argola de nariz, do chicote, etc. Isso vale dizer, por meio da compaixão, quietude, paciência, tolerância (dhaya, shanta, kshama, sahana), etc. Treinem-na a caminhar primeiro silenciosamente ao longo de pequenos trechos de estrada e então, depois de se assegurar de sua docilidade, poderão levá-la à estrada tortuosa das seis tentações: a estrada da luxúria, da raiva, da ganância, da ilusão, do orgulho e da inveja.
Bhasmasura obteve grande poder através da Graça de Deus, até mesmo o poder de transformar em cinzas qualquer pessoa sobre cuja cabeça ele pousasse suas mãos; mas seus instintos não haviam sido domados, sua razão não havia sido purificada e assim, em sua ganância e egoísmo, ele tentou reduzir a cinzas exatamente Aquele que lhe concedera o Dom!
As Escrituras Sagradas são apenas mapas de estradas; eles são, no máximo, guias que descrevem o caminho e dão as instruções para a viagem. É a própria viagem que vai revelar as adversidades, os atrasos, os deslizamentos de terra e os buracos, bem como a beleza do cenário encontrado e a magnificência do objetivo final. Nenhum relato de segunda mão pode igualar-se à experiência de primeira mão. Mais ainda, as Escrituras Sagradas (Shastras) podem falar de uma coisa de diferentes maneiras apenas para elaborá-la, para facilitar uma melhor compreensão. Mesmo os Vedas (Escrituras sagradas) louvam uma coisa em dez formas poéticas diferentes, de ângulos e pontos de vista diversos; mas alguns eruditos tentam tratar cada uma dessas afirmações como sendo distinta e como tendo uma conotação diferente; e assim eles aumentam a confusão, ao invés de reduzi-la.

Ambos têm pontos favoráveis, bem como limitações
Os símbolos nos mapas são interpretados de maneiras diversas por diferentes eruditos, de acordo com suas concepções pré-concebidas, predileções e teorias. Assim, os Shastravadhins também nem sempre estão corretos; eles podem se deixar desviar pelo desejo de marcar um tento sobre o adversário; eles pertencem a certas escolas de pensamento e isso também age como um freio sobre sua liberdade de investigar e conhecer o verdadeiro significado dos Shastras.
Eu não sou nem um Shastravadhin nem um Buddhivadhin; sou um Premavadhin (explanador do Amor). Assim, não tenho conflito nem com os eruditos que aderem aos textos nem com os devotos da razão. Ambos têm seus pontos bons, bem como suas limitações. Se vocês adquirirem Amor, então poderão dispensar os Shastras, pois o propósito de todos as Escrituras Sagradas é apenas esse: criar o sentimento de Amor igual por todos (Sarvajana samana prema); e negar o egoísmo que obstruí o caminho. A razão, também, se vier a se tornar um obstáculo para esse amor, deve ser descartada como “pervertida”.
Organização Sri Sathya Sai do Brasil
www.sathyasai.org.br

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