TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 17 de maio de 2009

O batera

Para Cacheado (in memoriam) e Demontiê Delamone

O batera não é um cerimonialista
Pra começar manda pra PQP toda a etiqueta
Anuncia os músicos com galhardia
Primeiro os solos depois as pessoas
Bate nos tambores sem pena
O bumbo imita-lhe o coração
E todos dançam soltos no salão
O batera segura o ritmo
Há harmonia em suas mãos

6 comentários:

chagas disse...

A poesia é assim: quando decide pegar o poeta, ele não tem saída.
Adorei esses poemas, Carlos. Dignos de quem sabe das coisas.

Carlos Rafael Dias disse...

Chagas,

É assim a poesia...

Contenta-me muito essa sua sintonia.

Abraços!

José do Vale Pinheiro Feitosa disse...

Carlos Rafael: o poema é o quanto de ritmo necessitamos em momentos especiais. Passa da meia noite e agora dormirei melhor com aperspectiva do amanhã iluminando este revelo variado e deslumbrante do vale do meu Cariri.

Carlos Rafael Dias disse...

José do Vale,

Seu comentário é poesia. E das boas.

Marcos Vinícius Leonel disse...

Que safra, poeta!

O texto sobre a origem da baitolagem também foi demais.

abraços

Carlos Rafael Dias disse...

Marcos,

Lembrei de Geraldo Urano, quando em 1984, num dos aniversários de Patativa do Assaré, lançamos uma publicação em homenagem ao POETA-maior. Geraldo fez um poema cujo um dos versos era mais ou menos assim:

safra baby cenoura
Pra lá da Challenger

Grande abraço!