Não precisa se enturmar
com os meus entes ancestrais.
Todos os meus dedos comungam
da mesma pólvora.
Todos são culpados.
Hoje lhe ofereço
essa voz límpida
apesar dos soluços.
Tudo é seu.
Não se distancie.
Não invente oceanos.
No meu ventre
ainda existe um peixe caolho.
Pesque-o.
Faça-o ver a andorinha no céu
e a lagarta no chão.
Hoje lhe ofereço
o que tenho de mais sombrio -
Essa sombra incubada
atrás da luz acesa.
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