
“Estudem a fé”- Einstein
Hoje, a terra vive momentos difíceis com tantos problemas acumulados e poucos solucionados. E na ausência de soluções duradouras e abrangentes (para os 2/3 dos excluídos do mundo) surge a inquietação humana. O desepero toma conta das mentes e dos corações. Mas, ao mesmo tempo surgem propostas para os problemas. E muitas dessas soluções são de natureza funcional e tecnicista. Por exemplo, a violência urbana no Rio Janeiro teve como resposta o aumento de policiais nas ruas e de construção de presídios e cadeias. E como não bastasse criou-se o sistema de policiamento digital através da construção de cadeias informatizadas. Nos EUA está sendo empregado pulseiras para impedir a fuga e aumentar a facilidade de rastreamento dos fugitivos.
Vivemos a era da técnica como solução dos problemas naturais e sociais. As inovações tecnológicas invadem as nossas casas e nos acostumamos a depender delas. É muito díficil viver sem uma geladeira, um fogão, um rádio, uma TV, um Computador etc. Aprendemos a ser homens técnicos e econômicos. Em outras palavras, criamos artificialmente uma nova espécie de homem: o técnico-econômico. Assim, muitos de nós incorpora o ato criativo à criatura. O que ele cria é o que ele é: máquina humana. A máquina processa, não sente, não se percebe como criadora e não ama os seus semelhantes. A máquina é fria porque não reflete as ordens que recebe. Ela não tem idéia própria e não sabe identificar os limites de sua intervenção. A máquina não tem ética e também não tem fé. Ela não precisa acreditar em algo superior e transcendental para continuar existindo. A máquina mente “verdades” criadas externamente e acredita piamente nelas. Ela não sente necessidade de se encontrar no outro e amá-lo verdadeiramente. A máquina é individualista e por isso não busca uma integração. Ela trabalha incessantemente e não reclama da exploração. A máquina não tem visão própria e por isso não vê os comandos sutis de seu criador externo a ela. Ela não reflete sobre si e o mundo a sua volta. Ela mata friamente sem saber as razões e as causas desse ato. A máquina apenas obedece cegamente as ideologias criadas (“cientificamente”) sem a sua participação. A máquina é o próprio símbolo da alienação dos dias de hoje. “Homens não sois máquinas...homens é que sois” Charles Chaplin (O Último Imperador). “Pensamos demais e sentimos bem pouco” (idem). Fazemos mais divisão política que parte e desintegra a família humana do que amarmos uns aos outros.
O homem inconsciente de si, de seus impulsos subliminares, dos tempos modernos age como se fosse uma máquina que busca resultados imediatos sem precisar saber as razões e as causas profundas desse impulso ou ordem exterior. Ele age instintivamente em busca de um poder racional egocêntrico. O que vale são os fins: não importa os meios que se utiliza. Essa máquina racional-instintiva perdeu a fé cristã e a ética grega. Ela está alienada e não se percebe nesse estado. Respira ideologias e consome produtos simbólicos que são transformados em ações automáticas e digitais. A máquina humana submissa não sente a necessidade de construir um mundo ético amoroso-solidário porque em verdade ela apenas processa uma base moral criada externamente a ela. “Vida de gado...gado marcado – gente feliz” assim diz a música cantada por Zé Ramalho. É a vida e temos que aceitá-la! Meu olhar intuitivo me diz que vivemos num planeta-guerra porque a maioria de seus integrantes perdeu a natureza do auto-encantamento essencial e se transformaram em homens-máquinas – verdadeiros zumbis. Atualmente surge o temor do crescimento das armas nucleares. Quando todos chorarem pelo que estão fazendo de mal egoísta, a terra mudará – com certeza! Enquanto isso, as ideologias criarão na mente digital dos homens-máquinas: luta e dor - sem amor!. “A ciência sem consciência é a ruína da alma” Rabelais.
Um comentário:
Prezado Bernardo Melgaço,
Tomei a liberdade de reproduzir essa excelente postagem no Jornal CHAPADA DO ARARIPE Online:
www.chapadadoararipe.com
Para que todos Leiam e assimilem.
Vou te passar via e-mail um Login e uma senha, a fim de se quiser, poder postar por si mesmo lá na seção de crônicas.
Abraços,
Dihelson Mendonça
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