Os ouvidos brasileiros já conhecem, mas um estádio inteiro tocando a” bubusela” o durante todo o jogo como os Sul Africanos fazem, é demais para os nossos hábitos auditivos. Assim como impressiona a coreografia de dança das torcidas, que, aliás, não é apenas de torcedores. Quem não lembra bispo do Tutu acompanho de uma multidão de fiéis e todos dançando numa manifestação política?
E daí? Que o povo da África do Sul, apesar da invasão branca, do massacre do mercado mundial fonográfico, do cinema vendendo estilo americano, das fast foods, e todos os valores da cultura alóctone, continua levantando a poeira de seus elementos autóctones. Esta é uma possibilidade virtuosa diante de um império que desejou padronizar tudo como produto, uma espécie de ISSO para produção em escala.
Pois não é que na semana passada fui arrastada para uma nova onda. Há anos que não ia a um jogo de basquete. O meu flamengo disputava e lá fui com a energia do filho crente. Chegamos na bucha, uma fila de última hora e estávamos no centro do espetáculo. Jogavam Flamengo e o Universo/Brasília.
Um estádio novo e feito para Pan. Moderno, com telão ao centro, luzes espetaculares e milhões de decibéis atordoando os espectadores. O que se tocava? Algum Rap ou Funk por vezes dos morros cariocas, mas sem nos deixar esquecer as origens nacionais de tais músicas: o inglês versado ao ritmo de tais estilos. Animador que não empolgava fazia as fezes daquelas coreografias infames das meninas de torcida com aqueles pompons balançantes (ainda bem que não apareceram).
Entra o time do Universo/Brasília e torcida por dever de ofício vaia. Mas aí vem o besteirol em dose gigantesca. Todo o time do flamengo que aquecia sai de quadra e depois monta-se o espetáculo de luzes e cores: uma música ensurdecedora, o locutor com emoção que apenas nascia na garganta e a entrada triunfal de cada jogador e da comissão técnica. Nem o circo merino das velhas eras, assim fora. Enfim, o flamengo perdeu, teve outro jogo e ganhou porque o Universo parou e agora o espetáculo transferiu-se para Brasília.
No meio do jogo foram homenageadas as jogadores do time de basquete feminino que ganhou o campeonato mundial, a figuras carimbadas de sempre: Hortência, Magic Paula e por aí foi. Não esqueça que o Nuzman estava com sua fala de propaganda de fonoaudiologia. Depois quando ouvi o Galvão Bueno vendendo o renascimento do basquete brasileiro, entendi a mágica de fazer trouxas.
Deste modo acostumei-me e até gosto da Bubusela. Lembra-me as lagoas dos sertões do Ceará com aqueles Teteus a atravessar as noites ermas.
E daí? Que o povo da África do Sul, apesar da invasão branca, do massacre do mercado mundial fonográfico, do cinema vendendo estilo americano, das fast foods, e todos os valores da cultura alóctone, continua levantando a poeira de seus elementos autóctones. Esta é uma possibilidade virtuosa diante de um império que desejou padronizar tudo como produto, uma espécie de ISSO para produção em escala.
Pois não é que na semana passada fui arrastada para uma nova onda. Há anos que não ia a um jogo de basquete. O meu flamengo disputava e lá fui com a energia do filho crente. Chegamos na bucha, uma fila de última hora e estávamos no centro do espetáculo. Jogavam Flamengo e o Universo/Brasília.
Um estádio novo e feito para Pan. Moderno, com telão ao centro, luzes espetaculares e milhões de decibéis atordoando os espectadores. O que se tocava? Algum Rap ou Funk por vezes dos morros cariocas, mas sem nos deixar esquecer as origens nacionais de tais músicas: o inglês versado ao ritmo de tais estilos. Animador que não empolgava fazia as fezes daquelas coreografias infames das meninas de torcida com aqueles pompons balançantes (ainda bem que não apareceram).
Entra o time do Universo/Brasília e torcida por dever de ofício vaia. Mas aí vem o besteirol em dose gigantesca. Todo o time do flamengo que aquecia sai de quadra e depois monta-se o espetáculo de luzes e cores: uma música ensurdecedora, o locutor com emoção que apenas nascia na garganta e a entrada triunfal de cada jogador e da comissão técnica. Nem o circo merino das velhas eras, assim fora. Enfim, o flamengo perdeu, teve outro jogo e ganhou porque o Universo parou e agora o espetáculo transferiu-se para Brasília.
No meio do jogo foram homenageadas as jogadores do time de basquete feminino que ganhou o campeonato mundial, a figuras carimbadas de sempre: Hortência, Magic Paula e por aí foi. Não esqueça que o Nuzman estava com sua fala de propaganda de fonoaudiologia. Depois quando ouvi o Galvão Bueno vendendo o renascimento do basquete brasileiro, entendi a mágica de fazer trouxas.
Deste modo acostumei-me e até gosto da Bubusela. Lembra-me as lagoas dos sertões do Ceará com aqueles Teteus a atravessar as noites ermas.
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