TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE
terça-feira, 16 de junho de 2009
Passeio sentimental pelas ruas do Crato (IV)
A Feira do Crato
A Feira do Crato continua pujante, colorida, movimentada; mas, muito diferente daquela do meu tempo de criança. Na década de 1970, a feira do Crato ocupava as principais e centrais ruas da cidade. E em cada rua, uma especialidade da economia local. A Rua João Pessoa se dividia entre cereais, leguminosas (arroz, feijão e milho) e farinha. A Rua Senador Pompeu, na altura do já demolido prédio onde funcionou o Clube Cariri, era o espaço de comercialização de rapadura. A Rua Bárbara de Alencar, entre os Correios e o Mercado Redondo (hoje o Palácio Alexandre Arraes, sede da Prefeitura), era o “departamento” de produtos artesanais: instrumentos (enxada, foice, facas, facões), utilitários (pote, esteira, vassoura, candeeiro, cachimbo), lúdicos (bonequinhos de barro e de madeira) decorativos (flores de papel crepom) e sacros (estátuas e imagens de santo). Por trás do Mercado Redondo, a feira de frutas e pescados.
Hoje, prevalece a comercialização de produtos industrializados em série, mas os produtos artesanais ainda resistem. O que não se vê, praticamente, são os artistas populares que, outrora, animavam a feira com música, poesia e dança. Nesta última segunda-feira, por conta da programação do São João Festeiro, um grupo de forró pé-de-serra animava os feirantes. E a animação que se celebrava por conta, chamava a atenção dos transeuntes.
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