TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 12 de julho de 2009

GREVES!

Por - João Ludgero

Estamos vivenciando um tempo de greves. Professores, Demutran, funcionários da Justiça, trabalhadores públicos federais, estaduais e municipais em geral.
Quando os proletários recorrem ao direito de cruzarem os braços por truculência dos patrões, logo, logo, aparece uma liminar burguesa contra os trabalhadores forçando-os a voltarem ao trabalho, como nos tempos da escravidão, só que o chicote é legal, pois têm o apoio daqueles que não julgam processos favoráveis aos trabalhadores por falta de tempo, más não falta tempo para uma medida contra greves e grevistas rapidamente.
Mas de greve em greve, de pressão em pressão, os trabalhadores conquistam, por fim, o salário novo e melhores condições de trabalho. E mesmo que no Crato o salário seja de R$ 1,00 contra 2,00 R$ no Juazeiro, isso não quer dizer que não haja um novo salário - desigual para fome igual, é claro, mas bastante para que os patrões considerem qualquer nova reclamação como sendo obra de desordeiros, baderneiros, comunistas ou preguiçosos!
Quando as greves fracassam, culpamos a quem? Eu na minha humilde opinião acredito que o fracasso vêm da falta de cooperação. Sabemos que a grande maioria dos trabalhadores grevistas têm boa-fé, que não enganam, mas se enganam. Não conhecendo, nunca tendo visto nem imaginado outra prática a não ser a prática burguesa, muitos proletários pensam que seria de bom alvitre recorrer a esta mesma prática para combater os donos dos meios de produção. É um grande erro. Esses trabalhadores ingênuos não se dão conta da imensa força que o monopólio da riqueza, de uma prática secular capitalista, assim como o apoio aberto ou mascarado, mas sempre ativo, dos Estados, e toda a organização da sociedade atual, dão à burguesia sobre nós proletariados. É uma luta demasiada e desigual onde esperar um sucesso razoável nestas condições, chega a ser algo quase impossível. Além disso, as armas dos patrões públicos e privados, são terríveis, como a concorrência desenfreada, a guerra de cada um contra todos, a “prosperidade” conquistada através da desgraça dos outros, estes meios só servem à burguesia, pois destroem, necessariamente, a solidariedade e a cooperação, únicas forças dos trabalhadores, onde na ausência destas temos o enfraquecimento das GREVES!

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