TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 7 de julho de 2009

Outra Noite

Tu suportaste o alfinete
na espinha do teu peito.

O formigamento no ventre.
Os cílios partidos vala abaixo.

A tempestade antes que leve a árvore
joga longe uma semente graciosa.

É natural que o pássaro hesite
com a porta da gaiola aberta.

Mas logo que o corvo levita
pelos telhados frios da noite

em sua plumagem até se confunde
um certo brilho de contentamento.

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