Não conseguia dormir. A noite parecia alongada pela hiperatividade da alma e pela sede de viver os segundos como quem respira o último desejo, a última instância das horas. O que me restava eram, então, eternidades que se abriam para mim, e, em suas asas, eu viajaria sem medo, já que não havia tempo para recusar nada nem me arrepender.
De repente, viver tornou-se simples e urgente! Te segui em minhas lembranças e o fiz de corpo inteiro, como nunca houvera acontecido antes. Somente agora, podia sentir a vida pulsar, o pulso marcando o instante em vibrações por segundo, mar vermelho abrindo caminhos para o infinito do espírito. Tinha certeza que os deuses me entenderiam.
Lembrei-me de ti. Tinha ainda guardada num baú uma rosa seca, marcando uma página de uma tarde clandestina, roubada do tédio cotidiano, tarde de versos sussurrados e bocas sedentas...
Num impulso disquei teu número, pois o que é eterno sobrevive às novas tecnologias. Aguardei os segundos decisivos.
No meu quarto, os violinos de Wagner suavizavam a ânsia da espera, como que anunciando o encontro. Meia hora depois, a campainha tocou, e eu perfumada de saudades acumuladas por verões hibernados, abri a porta.
Agora, a música anunciava a dança, começando pelos olhos , pelo abraço, mãos e respiração. Noturnos seres que se encontravam em uma tarde silente.
Primeiro nos comunicamos pela respiração , foram uns cinco segundos assim, um silêncio ofegante, e, para minha surpresa , pronunciaste meu nome como antes, no mesmo momento em que o violino vibrava em sustenidos sóis, o agudo instante do reencontro! Minha voz era um fio, tua voz estava impregnada em meus sentidos.
Te convidei para um café no meio da tarde. Queria te ver há tanto tempo!
Mesa posta, xícaras dispostas sobre a mesa, cheiro de café no ar. Olhares. O tempo parecia não ter passado, éramos os mesmos, o mesmo cheiro, o mesmo sorriso, o mesmo desejo de felicidade. A vida se refez, exatamente quando resolvi seguir os conselhos de minh’alma. Percebi-a mais leve, descomplicada, sem a angústia que todo 'futuro' contém.
Senti-me livre! Minha alma gótica se acalmou. Saí da caverna à qual estava acorrentada, vi a luz que irradiava lá fora, e que as sombras, que em mim habitavam, me impediam de senti-la. Nem imaginava que, ao mínimo contato com essa energia cósmica, a minha própria luz seria revelada, através de ti, como o próprio sol!
O restante do dia, então, se dissolveu. Descobri o eterno hoje.
De repente, viver tornou-se simples e urgente! Te segui em minhas lembranças e o fiz de corpo inteiro, como nunca houvera acontecido antes. Somente agora, podia sentir a vida pulsar, o pulso marcando o instante em vibrações por segundo, mar vermelho abrindo caminhos para o infinito do espírito. Tinha certeza que os deuses me entenderiam.
Lembrei-me de ti. Tinha ainda guardada num baú uma rosa seca, marcando uma página de uma tarde clandestina, roubada do tédio cotidiano, tarde de versos sussurrados e bocas sedentas...
Num impulso disquei teu número, pois o que é eterno sobrevive às novas tecnologias. Aguardei os segundos decisivos.
No meu quarto, os violinos de Wagner suavizavam a ânsia da espera, como que anunciando o encontro. Meia hora depois, a campainha tocou, e eu perfumada de saudades acumuladas por verões hibernados, abri a porta.
Agora, a música anunciava a dança, começando pelos olhos , pelo abraço, mãos e respiração. Noturnos seres que se encontravam em uma tarde silente.
Primeiro nos comunicamos pela respiração , foram uns cinco segundos assim, um silêncio ofegante, e, para minha surpresa , pronunciaste meu nome como antes, no mesmo momento em que o violino vibrava em sustenidos sóis, o agudo instante do reencontro! Minha voz era um fio, tua voz estava impregnada em meus sentidos.
Te convidei para um café no meio da tarde. Queria te ver há tanto tempo!
Mesa posta, xícaras dispostas sobre a mesa, cheiro de café no ar. Olhares. O tempo parecia não ter passado, éramos os mesmos, o mesmo cheiro, o mesmo sorriso, o mesmo desejo de felicidade. A vida se refez, exatamente quando resolvi seguir os conselhos de minh’alma. Percebi-a mais leve, descomplicada, sem a angústia que todo 'futuro' contém.
Senti-me livre! Minha alma gótica se acalmou. Saí da caverna à qual estava acorrentada, vi a luz que irradiava lá fora, e que as sombras, que em mim habitavam, me impediam de senti-la. Nem imaginava que, ao mínimo contato com essa energia cósmica, a minha própria luz seria revelada, através de ti, como o próprio sol!
O restante do dia, então, se dissolveu. Descobri o eterno hoje.
Postado por Claude Bloc
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