Emagreci.
Fiquei amarelo.
Lombriguento.
Andava pelos cantos
com os olhos lacrimejantes
feito elefante diante dos seus mortos.
E eis que ressurge o lunático
com sua corcunda altiva
com sua miopia exuberante.
O mundo e o eterno devir de Heráclito.
Minha vida a mesma tolice de sempre.
Verdade sem existência.
Tão somente um vento.
Uma cortina que se abre.
3 comentários:
Poeta, Camarada e Irmão,
Estou achando suas poesias, ultimamente, carregadas de tristeza, culpa e autoflagelação.
Não que não goste. Ao contrário. Gosto muito do que escreve, indepedente da moral ou do sentimento que lhe são intrínsecos.
Espero apenas que seja um exercício passageiro de expiação e que você volte igualmente a falar daquela formiguinha e outros bichinhos que povoam o seu cotidiano.
Grande abraço. Saúde e paz.
Rafael,
meu camarada e meu irmão
as formiguinhas agora
apenas as que saem da minha boca
quando acordo debaixo da cova
Sei que tudo que sai do teu coração
a mim é profundamente sincero
abraço-te por isso.
Oxalá em novembro
(no mês dos mortos)
eu acorde
e dê um pulinho
ao meu crato
à minha craterdã.
Um forte abraço.
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