Fui assistir "Paris". Um típico filme francês: chato, palavroso e pretensioso. Os franceses e seus draminhas existenciais me dão gastura. No filme até o verdureiro tem uma frase lapidar pra expor seu processo de autoanálise. É por isso que o século passado foi totalmente americano. O Brasil vive dividido entre seu lado americano e seu lado francês. Chegou a hora dessa gente bronzeada mostrar seu valor!
3 comentários:
Maurício é bom de polêmica. Lembro do Ivan Lessa no Pasquim metendo bronca no cultuadíssimo cineasta italiano Pier Paolo Pasolini. Na época, chocando todo mundo, ainda fez uma fotonovela sobre a morte do cineasta numa praça de Roma por um jovem de programa com gays. O quê o Ivan queria mesmo era instigar a estética do cineasta e, por tabela, de todo seus fã intelectuais.
Mas o Maurício não é gratuito: o cinema francês é de longos diálogos (palavroso) e de diálogos influenciados pelas escolas filosóficas (pretencioso) da cultura francesa. A verdade é que o cinema francês é o espelho de sua cultura. Mas tem o cinema francês hollywoodiano, com Gerard Depadiuer, Jean Renno, Juliette Binoche.
De qualquer modo naquela questão de quem vem primeiro o ovo ou galinha, temos de reconhecer que Maurício é um jovem imerso na cultura americana. O cinema de ação, de cenas rápidas, de falas curtas, trivial, com matriz na cultura que mais influenciou os brasileirinhos do pós guerra. Então a identidade estética da geração do Maurício tende a ter dificuldade com outras formas. Aí o outro continua sendo um problema, seja o cinema russo de Eisenstein, seja o Espanhol Buñuel ou Saura, sejam os franceses a até mesmo os italianos.
Agora a distância ficou maior ainda. Nesta era do cinema de shopping, no corte de video clipe a meninada se distanciará mais ainda de outras estéticas. Embora estejamos diante de uma crise mundial que rearranja o mundo e, portanto as estéticas como reflexo das mudanças econômicas e culturais, esta geração continuará tendo dificuldade com o diferente.
Dito isso retorno ao início do comentário. O Mauríco é bom de polêmica exatamente nisso. Ele é um intelectual com a necessária abertura para o diferente, mas escreve, pelo menos aqui no blog, com a impressão sincera dos seus sentimentos primeiros. Por isso somos tomados de vontade de dialogar com suas idéias. Especialmente estas sobre estética e vindas de um doutor em comunicação.
Zé
não sou um amnte do cinema de cortes rápidos que já foi chamado de estética videoclip. Gosto de cineastas independentes americanos, e de outros lugare. Ultimamente a França te feito até bons filmes rejeitando a velha fórmula do "cinema francês". Mas existe um cinema políticamente correto, previsível que me enjoa, talvez até mais do que um bom filme comercial americano que pelo menos não tem pretesnão de ser o q não é.Mas que a França, e Paris, é decadente isso salta aos olhos. Gostei muito de "A onda" um filme alemão que consegue ser didático sem ser chato. Existem muitos exemplos mas vou ficando por aqui, que deus do céu me ajude, quem deixa a terra natal em outros cantos não para...
ZÉ DO VALE, o que vem primeiro o ovo ou a galinha... O sexo! o cinema novo uma camera na cabeça
e uma idéia na popnta da lingua.As idéiasde GLAUBER FABULOSAS MAS TEM ALGUNS FILMES DELE QUE o montador,editor,continuista sei lá,era pesimo,tem cortes bruscos e de uma continuidade grotesca.
abraços.
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