Na Folha de São Paulo de hoje Contardo Caligaris fala da nossa dificuldade de dizer não e perder a aprovação e amizade dos outros. Enquanto em um determinado período da nossa infância aprendemos a dizer não, para afirmarmos nossa individualidade, na vida adulta precisamos incessamente da aprovação dos outros e morremos de medo de sermos (ser?) abandonados. "Desde os meus dois anos, não sou você, não me confundo com você, existo separadamente, mas, se eu perder seu amor (sua amizade, sua simpatia, sua benevolência), quem reconhecerá que existo? Será que posso existir sem a aprovação dos outros?.
Em suma, o sim subjetivo é um consentimento abstrato (o objeto de consenso é indiferente e pode ser monstruoso), pois o que importa é agradar ao outro, não perder sua consideração. A necessidade narcisista de sermos amados nos torna covardes e nos leva a assentir."
Ainda bem que o Cariricult não tem um "yesman" oficial. Elogiando indiscriminadamente todos os posts. Mas ainda bem, também, que não tem um crítico oficial dizendo não a tudo que for publicado. Tentaram me aprisionar nesse papel. Saltei fora. Não é verdade?
P.S. Por favor, digam que sim!
8 comentários:
Digo que não.E espero que nossas crianças de dois anos deixem o amor de lado.
O cariricult fica muito interessante com estes textos autorais dos colaboradores.
Não sei se os afáveis são mais felizes, calo...
Admiral
Um homem que diz não ao sim. Mas vou insistir e dizer sim ao não.Você sabe que todos nós continuamos crianças de dois anos. Com exceção de alguns que já chegaram aos três.
Martinha
O Cariricult tá "político" demais. Vou começar a apelar para as memórias dos meus verdes anos(por favor , pronunciar o O com som de U)
Pois é, uma ironia. A lateral cheia de nomes, e as publicações por outros agentes, muita ênfase em política e imediatismo. Talvez uma fase...
Maurício , cara só você mesmo para fazer um trocadilho desse!
Realmente o cariricult tem passado por uma fase braba, tão juntando cacos de arcaísmos com baqos de babados,
tô já "deceno" do salto.
abraços
marcos
a coisa tá dura! No mal sentido.
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