LANTERNA AZUL
Mas se o maquinista fosse daltônico
a locomotiva teria parado.
(Felipe de Oliveira, 1891 – 1933)
O frio da noite densa
abria o escuro com pedacinhos de água...
Alguns meninos
distraídos do mundo
e brincando com lanterninhas
pousaram luzes detrás dos flocos de neve...
Talvez míope, talvez encantado,
o maquinista deteve o trem
e creu ver vaga-lumes azuis
ou era nova lanterna de estranho semáforo...
E, na estação adiante,
passageiros reclamavam o insólito atraso.
(Para Geraldo Urano)
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