Nestes tempos virtuais, algumas conclusões se mostram pulando faceiras na nossa frente, aguardando apenas que alguma criatura disponível pegue das teclas e comece a formar o quebra-cabeça das mensagens para mandá-las adiante através dos tantos meios que a comunicação hoje oferece nas telas de máquinas extraordinárias.
Noutras ocasiões menos dadivosas, escrever impunha riscos incalculáveis até de sobrevivência. Agora, no entanto, nada de queixas quanto ao direito da informação. Esse engenho aperfeiçoado leva longe o que se pensa ou sente e dispõe das normas de passar à frente em palavras. Os “blogs”, por exemplo, democratizaram a oportunidade da fala a patamares de suprema facilidade no manuseio e transmissão. Num passado recente, isto seria mera coisa de sonho, ficção de ciência.
Perante ditas considerações, resta saber o que dizer. Desocupar os guardas roupas de idéias e criações, formular as propostas e remeter aos prelos imediatos do sacrário de Pandora, o oráculo moderno da “web”.
A única pergunta necessária que persiste vem por conta de saber disso os frutos, quais as conseqüência na qualidade das vidas, no investimento de tempo e saúde nas produções e na interpretação do que mandar aos demais habitantes do mundo virtual, na outra extremidade da linha. O que acrescentar ao pacote das expectativas reinantes no império da dúvida humana existencial.
Vão dias, veem dias, na esperar de melhorar as condições sociais, livrá-las das imposições dos dissabores do ordenamento.
Nesse passo, as possibilidades criam a perspectiva do fazer intelectual. Ninguém justifica a ausência de vitrine no gesto de mostrar suas peças íntimas de geração, no território livre da palavra em que se transformou a tecnologia de vanguarda. Resta, contudo, reverter o quadro de mediocridade em que se espoja o animal selvagem da sociedade moderna.
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