O Brasil continua sendo um país muito desigual do ponto de vista social, econômico e de saúde. Existe uma margem muito grande em que esta desigualdade pode melhorar em parte por ser este quadro fruto de um modelo de desenvolvimento que já se esgotou. O modelo que assentou as bases econômicas no consumo de apenas 20 a 30 % da população ao qual se convencionou chamar de classe média. Nada mais enganoso chamá-la classe média.
Não se trata a rigor, do ponto de vista de classes social, de uma classe média. O que chamamos como tal é na verdade uma mistura de funcionários públicos, empresários e operários mais bem qualificados. Ou eventualmente fazendeiros e até mesmo operários das linhas mais dinâmicas. Esta é a parcela de 20 a 30% que paga imposto de renda, tem automóvel, os filhos freqüentam escolas privadas e possuem planos de saúde privados. É a parcela que vai a supermercado e freqüenta os shoppings.
Com o fim da inflação, com os resultados das políticas públicas de educação, saúde, saneamento básico e de melhoria de renda dos mais pobres, o quadro começou a se modificar. Já não se sustenta mais o modelo concentrado. Segmentos passam a dinamizar a economia, o consumo e a chamada indústria de produtos populares começam a se expandir. Se alguém, por exemplo, entrar num supermercado clássico da classe média encontrará um tipo de marca, mas se for a inúmeros outros que crescem nas periferias sociais, encontrará outras marcas para os mesmo produtos.
Esse é o motivo pelo qual os últimos governos do Brasil efetivamente estão à frente de mudanças importantes. Seja na educação pública, na saúde pública, na segurança ou nos programas sociais de incentivos da renda e ao desenvolvimento. O que temos de modificar é a qualidade da nossa análise, especialmente aquela oriunda da mídia nacional.
Vejamos um exemplo. A questão do ranking do IDH brasileiro em relação a outros países. Não se pode adotar a posição rasa como a notícia foi divulgada. Parecia uma postura de má fé. Em primeiro lugar evite-se sempre a comparação de IDH entre países. Não tem sentido comparar o Brasil com Belize, Antigua e Barbados, Honduras, São Domingos. O IDH é um indicador composto (longevidade, alfabetização e concentração e valor da renda) e na média nacional existem municípios maiores que estes países com IDH muito superior. Portanto o ranking não serve para nada. O valor está no seguinte: o país avança ou ficou parado? Pelo ranking não saiu do lugar. Nada mais enganoso.
O Brasil em termos de IDH já se encontra em nível alto segundo a classificação do PNUD (baixo (abaixo de 0,499); médio (até 0,799), alto ( acima 0,800). O IDH é expresso em números decimais cujo valor máximo é 1. Em 1980 o nosso nível era médio (0,685), mas desde do ano 2000 passamos para a classificação alto e o índice continuou sempre crescendo a cada ano, atingindo atualmente 0,813.
Outro saiu hoje no Globo On Line. O título é classe média encolhe. Ou seja, a proporção na população de pessoas que recebem mais de R$ 685,00 reduziu-se em relação às demais faixas de renda. Qual o significado? É que as pessoas com renda inferior ampliou a renda, pois o crescimento anual da renda nesta faixa foi muito maior que a média nacional. Os índices de crescimento da renda dos mais pobres tiveram padrões de crescimento chineses.
Esta é a virada de um novo país, sem inflação, com aumento do salário mínimo, com proteção social e com políticas públicas de desenvolvimento com menor concentração. Isso vai ao paraíso?
Tenho por mim que não. Mais cedo ou tarde entrará em contradição com os arranjos políticos de hoje (PT/PMDB e PSDB/DEM). Mas aí talvez esta classe emergente invente novos arranjos políticos. Quem sabe até mesmo revolucionários da forma de organização econômica.
Não se trata a rigor, do ponto de vista de classes social, de uma classe média. O que chamamos como tal é na verdade uma mistura de funcionários públicos, empresários e operários mais bem qualificados. Ou eventualmente fazendeiros e até mesmo operários das linhas mais dinâmicas. Esta é a parcela de 20 a 30% que paga imposto de renda, tem automóvel, os filhos freqüentam escolas privadas e possuem planos de saúde privados. É a parcela que vai a supermercado e freqüenta os shoppings.
Com o fim da inflação, com os resultados das políticas públicas de educação, saúde, saneamento básico e de melhoria de renda dos mais pobres, o quadro começou a se modificar. Já não se sustenta mais o modelo concentrado. Segmentos passam a dinamizar a economia, o consumo e a chamada indústria de produtos populares começam a se expandir. Se alguém, por exemplo, entrar num supermercado clássico da classe média encontrará um tipo de marca, mas se for a inúmeros outros que crescem nas periferias sociais, encontrará outras marcas para os mesmo produtos.
Esse é o motivo pelo qual os últimos governos do Brasil efetivamente estão à frente de mudanças importantes. Seja na educação pública, na saúde pública, na segurança ou nos programas sociais de incentivos da renda e ao desenvolvimento. O que temos de modificar é a qualidade da nossa análise, especialmente aquela oriunda da mídia nacional.
Vejamos um exemplo. A questão do ranking do IDH brasileiro em relação a outros países. Não se pode adotar a posição rasa como a notícia foi divulgada. Parecia uma postura de má fé. Em primeiro lugar evite-se sempre a comparação de IDH entre países. Não tem sentido comparar o Brasil com Belize, Antigua e Barbados, Honduras, São Domingos. O IDH é um indicador composto (longevidade, alfabetização e concentração e valor da renda) e na média nacional existem municípios maiores que estes países com IDH muito superior. Portanto o ranking não serve para nada. O valor está no seguinte: o país avança ou ficou parado? Pelo ranking não saiu do lugar. Nada mais enganoso.
O Brasil em termos de IDH já se encontra em nível alto segundo a classificação do PNUD (baixo (abaixo de 0,499); médio (até 0,799), alto ( acima 0,800). O IDH é expresso em números decimais cujo valor máximo é 1. Em 1980 o nosso nível era médio (0,685), mas desde do ano 2000 passamos para a classificação alto e o índice continuou sempre crescendo a cada ano, atingindo atualmente 0,813.
Outro saiu hoje no Globo On Line. O título é classe média encolhe. Ou seja, a proporção na população de pessoas que recebem mais de R$ 685,00 reduziu-se em relação às demais faixas de renda. Qual o significado? É que as pessoas com renda inferior ampliou a renda, pois o crescimento anual da renda nesta faixa foi muito maior que a média nacional. Os índices de crescimento da renda dos mais pobres tiveram padrões de crescimento chineses.
Esta é a virada de um novo país, sem inflação, com aumento do salário mínimo, com proteção social e com políticas públicas de desenvolvimento com menor concentração. Isso vai ao paraíso?
Tenho por mim que não. Mais cedo ou tarde entrará em contradição com os arranjos políticos de hoje (PT/PMDB e PSDB/DEM). Mas aí talvez esta classe emergente invente novos arranjos políticos. Quem sabe até mesmo revolucionários da forma de organização econômica.
Nenhum comentário:
Postar um comentário