TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

terça-feira, 27 de outubro de 2009

Sou artista da rua
Entre os fragmentos da cidade
Encontro-me em cada pedaço
Pedras, terra e concreto armado
Relógios ditando o tempo
A vida em redemoinhos
Esfalto pondo caminhos
A cidade é a galeria sem fronteiras
Nela exponho telas da vida
Num trânsito humano
de retalhos desumanos
Nas entranhas das paredes,
Nos campos abandonados
Nas casas desguadadas
Obras de povo
Obras para o povo
Obras com o povo
A rua é o meio
O povo é o estopim


Alexandre Lucas

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