Feliz é a lâmpada do quarto
mesmo quando queima
morre feliz.
Nem fumaça
nem barulho.
Enraiveço.
Quebro o interruptor de plástico.
Lúdica é a lâmpada do quarto.
Brinca com minha ira.
Silenciosa,
do alto do teto,
manda-me um beijo.
Pego meu tênis,
o mais sujo,
lanço-lhe ao focinho.
Agora sim,
uma tragédia:
vapor de mercúrio
dentro dos meus olhos.
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