O espírito não tem massa.
É igual a macarrão debaixo da língua.
Não ocupa espaço.
Some.
Só assim se explica
o acúmulo de gente morta
em outra vida
céu ou inferno.
Mas se atravessam paredes
meus fantasmas
quem me garante
que desencarnado
não vou eu querer
atravessar papéis
escrever versos?
Se o meu espírito
é de fato um fiapo
de macarrão mole
entre os dentes
então posso ficar tranquilo:
resolve um cafezinho quente.
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