As mulheres com olhos de mel
perseguem minha alma.
Mel escuro dentro da garrafa.
Diáfano no cálice.
No início flores bem arranjadas
embrulhadas com papel vermelho.
Não dura muito os passarinhos
cambaleiam, resvalam-se
por galhos retorcidos.
A queda inevitável.
Os olhinhos entreabertos.
As asinhas encolhidas
trêmulas.
Observo meus passarinhos
na calçada mortos.
Tristes sem os gravetos
presos aos bicos.
Mas ainda vejo resquícios
das nuvens.
Oceanos,
montanhas,
planícies.
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