TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quarta-feira, 14 de abril de 2010

baixinha

Procurei teu nome
no copinho descartável
na academia
enquanto a professora
te passava a série
de abdominais.

Talvez imaginação minha
mas em seguida
tu passeaste diante
dos meus sedentos olhos
com aquela sensualíssima malha:

não consegui respirar bem
me concentrar no peso do braço
contar até cem dizer olá, oi
moras cá pertinho?

Lobo crudelíssimo que sou
só abri imensamente a boca

e te desejei comer as coxas
lamber o umbigo

salivar sobre tuas peras
palitar os dentes com tuas unhas:

de sobremesa tua língua
tua língua chiclete uva.

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