Já não morro
por tua falta
e as noites
(ainda frias)
trazem lembranças
boas e tranquilas.
Já não desejo
tua companhia
(enlouquecido)
meu sonho agora
é uma pizza.
Já durmo bem mesmo
feito a plantinha da varanda
sem medo de lagartinhas
e insetos crescidos.
A brisa que me sacode as folhas
é a mesma que me arrepia os braços.
Sou de fato (creia)
a plantinha da varanda.
Acordo com os pássaros
aos meus ouvidos.
Um ruflar de cordas vocais
que meu deus do céu:
doidas andorinhas.
2 comentários:
Domingos,
O Clélio me presenteou com um dos seus livros e pediu-me que te enviasse um abraço. Falei pra ele que você está cada dia mais e melhor poeta.
Um grande abraço.
Salatiel, eu tenho muito carinho por Clélio (parceiro da minha epifania em tempos idos e intensamente vividos).
Agradeça-lhe pela lembrança e pelo abraço, aproveite, e devolva-lhe outro fraterno abraço.
Obrigado, meu camarada, pelo elogio.
Esse livreto que tem em mãos,
certamente ingênuo, mas pode acreditar: também verdadeiro.
Era a água da fonte
(naquele tempo)
em que bebia.
Um forte abraço.
Luz!
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