TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 13 de junho de 2010

após o jantar

Enfim a muriçoca
dá o ar da sua graça.

Um beijo no calcanhar.
Frêmito.

E nem ouvi seu violino
de corda frouxa.

Terá sido uma muriçoca
ou lagarta de fogo?

Não consigo distinguir
agulha de alfinete.
Beijo de escarro.

Muriçoca ou lagarta de fogo
importa é que o lunático
agora acorda.

Pronto para servir
a quem lhe beije
o tornozelo.

Com veneno.
Ou apenas sede.

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