TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

domingo, 13 de junho de 2010

asas de cisne

Não me apiedo dos versos.
Sangro-os.

Com a mesma naturalidade
os pássaros bicam nuvens
os dentes de leite caem.

A beatitude do poema
é um engano.

Não importa o teor:
se éter
ou lavanda.

O poeta se embriaga.
O poeta enlouquece.

Com a mesma impressionante leveza
do rebolado de um elefante.

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