TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Ácidas

Tu me tiraste de casa
onde desfrutava eu
de doces e regalo

para mostrar-me
um novo mundo
florestas ardentes
e grutinhas encantadas

já planejando,
em seguida

lançar-me ao desterro,
ao deserto, ao abismo.

A dor pareceu-me eterna.
As trevas nem te digo.

Mas como cabe
ao escorpião sorrateiro

eis-me mais forte
envolto em mistério.

A mesma alma torta de banana.
O mesmo sinal acima do lábio direito.

Os pesadelos serão teus agora
ao imaginar meu balão colorido
cruzando montanhas, mares
e arco-íris.

Teus braços hão de ficar flácidos.
Tu vais engordar feito uma baleia.

Enquanto o escorpião vingativo
à mesa saboreia um chá preto.

Mau, cruel, um cavalheiro.
Melhor assim que estúpido
e covarde.

Meter uma bala no teu traseiro
e pular sem calças da torre Eiffel.

5 comentários:

joão alberto lupin disse...

gosto quando vislumbro gotas de humor (sarcasmo?) nos seus poemas.

Domingos Barroso disse...

Deleite, esses poemas me dão tanto deleite...

Íris Pereira de Souza disse...

piquiseiraceara
E ai vai querer mesmo que eu envie textos da Íris Horizonte? Vai passar por revisão? Já viu as maluquices dela...Inrresponsável até, sem um pingo de cultura e semi analfabeta, conta apenas com sua sencibilidade aguçada.
Mande-me como devo fazer.
Abraço. Ha! Gosto d+ do teu estilo, mas não tenho tanto conhecimento para comentar..Iris Pereira

Domingos Barroso disse...

Tu és toda sensibilidade.
A fonte.

Carinhoso abraço.

(já visitei teus blogs qual é o texto? a propósito não vou rever absolutamente nada. Teu texto será intocável. Como há ser).

Carinhoso abraço.

Domingos Barroso disse...

Aproveita e entra em contato
com Salatiel (o administrador do blog), expõe tuas razões por querer postar no cariricult. Se tudo ok, Salatiel te envia um convite.

Carinhoso abraço.