Chamam de "tradição". Prefiro chamar de contradição.
A famosa EXPOCRATO, dizem que por tradição, acontece em área central da cidade. Entre bairros residenciais, hospitais e maternidade. Tem que ser lá, no mesmo local, afinal, nada mudou no mundo, não é verdade?
Já é madrugada no Crato e toca uma música ensurdecedora, um tal "pagode-axé-baiano".
São gênios. E se dizem defensores de uma "tradição"...
Isso numa exposição agropecuária. E com os pobres animais lá no mesmo parque de exposição. E os bebês da maternidade, que já sofrem toda a semana com uma tal "missão" e suas pregações na praça Alexandre Arraes? Ao mesmo tempo, no palco da URCA, que traz artistas regionais, os shows tem que ir até as dez horas da noite. Mas no palco privado, onde rola a grana e o mercado é quem manda, ah, bem na área urbana e residencial, dá para ouvir o rapaz (da banda Harmonia do Samba) gritar e receber gritos de volta.
Triste sina da tão cantada "capital da Cultura".
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