No romance Os Miseráveis de Victor Hugo tem uma passagem após a revolução de 1848 em Paris, quando seres humanos, em atuação de abutres, passam a roubar os apetrechos dos mortos. Este caso do goleiro Bruno lembra perfeitamente esta cena.
Isso para nós os leitores e audientes da mídia jornalística nacional. Nós que tomamos conhecimento de “tudo” pela imprensa. Pela imprensa começa a lista da maior irresponsabilidade jornalística com a tese e a conclusão antecipada da culpa de uma série de pessoas. A imprensa sempre faz isso com a manipulação do nosso imaginário. Um imaginário em que existe um pecado original. Basta falar em crime que tudo se torna verdade, a culpa interna de cada já aceita a tese.
A segunda juntada de personagens a la Victor Hugo seria o delegado Édson Moreira, de Belo Horizonte, no velho estilo anos 50, que prendia e arrebentava sem piedade em benefício da própria corrupção. Este delegado é acusado de forjar um processo contra o jornalista José Cleves, fazer denúncias usando a imprensa que quer sangue, incriminando o jornalista como autor da morte da própria mulher que depois se demonstrou ter ocorrido por ação de assaltantes.
Este homem faz ilações, revela os fatos como se estivesse presente, não considera as contradições do quebra cabeça e leva a mídia a agir como marionete ao enredo que ele forja mais uma vez. Basta lembrar a postura dele quando apareceu o menor, dizendo que queriam incriminá-lo para salvar a pele. E agora a fonte das conclusões açodadas do delegado é o próprio menor. Um cinismo deste e a imprensa não explora? Ela é abutre igual ao delegado.
A coisa anda tão desmedida que está sendo necessário o advogado dos acusados ir ao STJ pedir para ter acesso ao inquérito. O delegado faz um teatro com o crime, montou todas as conclusões através da imprensa e não deu as bases para que o advogado faça a defesa. E a imprensa não diz nada? Mais uma vez não quer matar o próprio espetáculo da notícia que gera audiência.
Agora os movimentos de outros personagens. Algum tempo atrás vinha andando pelo Calçadão da Praia da Barra da Tijuca, quando em frente à barraca Viajandão, famosa pelos futevôleis do Romário, encontro o Edmundo abraçado a duas garotas. Ele, sorrindo, andando de um lado para outro, ladeado pelo abraço às duas. Duas semanas após ele dirigindo um automóvel em alta velocidade na Lagoa, o carro tomba e morre uma das garotas que o acompanhava.
Este é o mundo dos ricos desportistas do futebol. Em pleno mês de Copa do Mundo, uma das estrelas deste mundo se torna notícia a tomar o assunto no Brasil e a repercutir nos jornais do mundo inteiro. Tem de tudo, uma mulher em busca de um pai rico para seu filho, o pai da mulher denunciado com estuprador e sua mãe, que supostamente a abandonou, querendo a guarda do bebê precioso em possibilidade financeira.
Isso para nós os leitores e audientes da mídia jornalística nacional. Nós que tomamos conhecimento de “tudo” pela imprensa. Pela imprensa começa a lista da maior irresponsabilidade jornalística com a tese e a conclusão antecipada da culpa de uma série de pessoas. A imprensa sempre faz isso com a manipulação do nosso imaginário. Um imaginário em que existe um pecado original. Basta falar em crime que tudo se torna verdade, a culpa interna de cada já aceita a tese.
A segunda juntada de personagens a la Victor Hugo seria o delegado Édson Moreira, de Belo Horizonte, no velho estilo anos 50, que prendia e arrebentava sem piedade em benefício da própria corrupção. Este delegado é acusado de forjar um processo contra o jornalista José Cleves, fazer denúncias usando a imprensa que quer sangue, incriminando o jornalista como autor da morte da própria mulher que depois se demonstrou ter ocorrido por ação de assaltantes.
Este homem faz ilações, revela os fatos como se estivesse presente, não considera as contradições do quebra cabeça e leva a mídia a agir como marionete ao enredo que ele forja mais uma vez. Basta lembrar a postura dele quando apareceu o menor, dizendo que queriam incriminá-lo para salvar a pele. E agora a fonte das conclusões açodadas do delegado é o próprio menor. Um cinismo deste e a imprensa não explora? Ela é abutre igual ao delegado.
A coisa anda tão desmedida que está sendo necessário o advogado dos acusados ir ao STJ pedir para ter acesso ao inquérito. O delegado faz um teatro com o crime, montou todas as conclusões através da imprensa e não deu as bases para que o advogado faça a defesa. E a imprensa não diz nada? Mais uma vez não quer matar o próprio espetáculo da notícia que gera audiência.
Agora os movimentos de outros personagens. Algum tempo atrás vinha andando pelo Calçadão da Praia da Barra da Tijuca, quando em frente à barraca Viajandão, famosa pelos futevôleis do Romário, encontro o Edmundo abraçado a duas garotas. Ele, sorrindo, andando de um lado para outro, ladeado pelo abraço às duas. Duas semanas após ele dirigindo um automóvel em alta velocidade na Lagoa, o carro tomba e morre uma das garotas que o acompanhava.
Este é o mundo dos ricos desportistas do futebol. Em pleno mês de Copa do Mundo, uma das estrelas deste mundo se torna notícia a tomar o assunto no Brasil e a repercutir nos jornais do mundo inteiro. Tem de tudo, uma mulher em busca de um pai rico para seu filho, o pai da mulher denunciado com estuprador e sua mãe, que supostamente a abandonou, querendo a guarda do bebê precioso em possibilidade financeira.
Um comentário:
é um circo dos horrores. prus americanos FREAK SHOW. tais aberrações jornalísticas são cíclicas, sempre que envolve histórias escabrosas: criança jogada pelo pai do # andar do ap., garoto arrastado e esfacelado dependurado em porta de carro, aracelli (quem lembra?), crianças sequestradas e mortas... segue uma lista comprida de casos. o pior é que esses casos excitam a imaginaçao da população em geral. a imprensa explora e o povo consome.
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