TRIPULANTES DESTA MESMA NAVE

sábado, 10 de julho de 2010

O Famigerado Sábado

Este sábado tem um rosto
de brandura e vontade
de ir ao banheiro
trancar-se
e não mais sair
relendo os clássicos.

Este sábado se confunde
com a brisa da área de serviço
e o vento que me abana as costas
vindo sorrateiro do ventilador sujo.

Nem todos os sábados
têm essas complacentes faces.

Até permito (surpreendo-me por isso)
o alto e detestável som do andar de cima.

2 comentários:

chagas disse...

Cara, adorei esse poema. Por quê?

O poema quando é bom não carece de explicação.

Xou de bola.

Domingos Barroso disse...

Chagas,
um forte abraço.